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Marisa atende classe mais afetada por turbulência econômica afirma Concórdia

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A equipe de analistas da corretora Concórdia, formada por Karina Freitas, Daniela Martins e Danilo de Julio, fez uma análise do resultado do segundo trimestre de 2015 (2T15).

O resultado da Marisa não diferenciou muito do que temos observado nos últimos trimestres, com a deterioração da economia – sobretudo, nas classes atendidas pela empresa – pressionando a evolução das vendas e, consequentemente, as operações de serviços financeiros. A receita líquida consolidada registrou queda de 2,9%, para R$ 789,4 milhões, sendo -2,6% no segmento de Varejo, com vendas mesmas lojas contraindo 4,2%. O volume vendido apresentou ligeiro aumento (0,7%), mais foi compensado pela redução do preço médio (-4,9%), refletindo a estratégia de adequação do mix de produtos ao posicionamento da companhia, iniciada no 2S14. Apesar disso, a margem bruta do Varejo seguiu resiliente, em 49,0% – devido à melhor gestão de estoques –, mas não o suficiente para evitar a queda de 5,6% da margem Ebitda – por conta de gastos com reestruturação e nos novos canais de vendas. O resultado do segmento de Produtos e Serviços Financeiros se deteriorou em 31,6%, afetado pelas menores vendas no varejo; aumento da preferência pelo pagamento em dinheiro e cartão de débito e; menor volume de contratos de empréstimo pessoal (apesar da elevação no ticket médio). A combinação desses fatores, aliado a uma perda menor no resultado financeiro e maior diferimento de impostos, levou ao prejuízo de R$ 20,3 milhões no trimestre. Conforme já observamos em outros relatórios, o cenário para o varejo têxtil permanece desafiador e, somado ao fato da Marisa estar focada nas classes mais afetadas por turbulências no ambiente econômico, nos faz não recomendar a companhia.

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