São Paulo, 04 de Agosto de 2015 – De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM – PF), divulgada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção da indústria brasileira em junho de 2015 recuou 0,3% na comparação com o mês anterior.

A redução de 0,3% da atividade industrial na passagem de maio para junho teve predomínio de resultados negativos, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 24 ramos pesquisados.

Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) de Junho de 2015

Entre os setores, as principais influências negativas foram registradas por máquinas e equipamentos (-7,2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,7%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,8%), com o primeiro assinalando o quinto recuo  consecutivo e acumulando nesse período redução de 18,8%; o segundo apontando a queda mais intensa desde junho de 2014 (-25,9%) e acumulando perda de 29,1% entre os meses de fevereiro e junho de 2015; e o último registrando o nono mês seguido de  queda na produção e acumulando nesse período recuo de 25,1%. Vale destacar que esses setores foram influenciados nesse mês por paralisações em várias unidades produtivas, por conta das reduções de jornadas de trabalho e da concessão de férias coletivas.

Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), de metalurgia (-2,2%), de produtos diversos (-7,2%), de produtos de borracha e de material plástico (-1,9%), de produtos de minerais não-metálicos (-1,4%) e de móveis (-3,8%).

Por outro lado, entre os nove ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por produtos alimentícios, que avançou 3,0%, eliminando assim parte da perda de 3,3% acumulada nos meses de abril e maio últimos.

Vale mencionar também os impactos positivos vindos dos setores de bebidas (3,6%), de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (1,7%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,8%), de celulose, papel e produtos de papel
(1,7%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,4%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis, ao recuar (-10,7%), e bens de capital (-3,3%) mostraram as reduções mais acentuadas em junho de 2015. Com os resultados desse mês, o primeiro segmento apontou a queda mais intensa desde junho de 2014 (-19,5%) e acumulou perda de 26,2% nos últimos nove meses de taxas negativas consecutivas; e o segundo reverteu a ligeira variação positiva (0,2%) assinalada no mês anterior quando interrompeu três meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou redução de 12,8%. O segmento de bens intermediários (-0,2%) também registrou taxa negativa em junho de 2015 e marcou o quinto mês seguido de recuo na produção, acumulando nesse período perda de 2,1%. Por outro lado, os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis, ao avançar (1,7%), mostrou o único resultado positivo nesse mês e intensificou o ritmo de crescimento frente ao verificado em maio último (1,2%) quando interrompeu sete meses de queda, período em que acumulou perda de 8,5%.

Variação Anual da Produção Industrial

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou queda de 3,2% em junho de 2015, décima sexta taxa negativa consecutiva mas menos acentuada do que as observadas em maio (-8,9%) e abril (-7,9%).

Variação da Produção Industrial Acumulada em 2015

No índice acumulado para o período entre janeiro e junho de 2015, frente a igual período no ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 6,3%, com perfil disseminado de taxas negativas já que as quatro grandes categorias econômicas pesquisadas apontaram recuo na produção.

Variação da Produção Industrial Acumulada nos Últimos 12 Meses

A taxa anualizada, que indica a taxa de variação acumulada nos últimos doze meses, aponta um recuo de 5,0% na produção industrial brasileira em junho de 2015, interrompendo a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%) e assinalando o resultado negativo mais intenso desde dezembro de 2009 (-7,1%).

Entenda a Pesquisa Industrial Mensal (PIM)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Industrial Mensal, produz indicadores de curto prazo relativos ao setor industrial brasileiro.

Iniciada na década de setenta, a pesquisa abrange todo o território nacional e é divulgada mensalmente, em duas versões: PIM-PF e PIMES.

A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) avalia o comportamento da produção real mensal nas indústrias extrativa e de transformação do país. O IBGE divulga mensalmente dois relatórios sobre a produção física no Brasil: um nacional e outro regional.

A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES) avalia o comportamento do emprego e dos salários nas atividades industriais do país.

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