Segmento veículos afeta fortemente resultado da Randon afirma Concórdia

A equipe de analistas da corretora Concórdia, formada por Karina Freitas, Daniela Martins e Danilo de Julio, fez uma análise do resultado do segundo trimestre de 2015 (2T15).

A companhia continua sentido, de forma muito direta, o peso da retração econômica em suas atividades. A desvalorização cambial teve uma contribuição marginal para as exportações, que representaram menos de 12% do faturamento, gerando pouco impacto no consolidado. O segmento mais afetado foi o de Veículos e Implementos, especialmente os Rebocados (-46% em volume), enquanto o melhor desempenho da Fras-Le ainda segurou quedas mais expressivas em Autopeças. A menor diluição dos custos fixos é o principal fator que explica a retração mais drástica do Ebitda ajustado e Lucro Líquido, e as consequentes quedas de margens. A deterioração operacional também penalizou suas métricas de alavancagem, deixando a dívida líquida industrial (R$ 952 milhões) com uma proporção de 3,12x o Ebitda ajustado, ante uma relação de 2,6x no 1T15. Mesmo com os constantes esforços visando a readequação da capacidade produtiva, entendemos que a administração pouco pode fazer para contornar o panorama sistêmico vigente no Brasil, por isso, não recomendamos suas ações antes de uma sinalização clara de recuperação da economia.