A atividade econômica brasileira decresceu 0,58% em junho com relação ao mês imediatamente anterior, de acordo com informações divulgadas através do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Esse índice é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e é um dos indicadores utilizados pelo Banco Central (BC) para definir a taxa básica de juros, a Taxa Selic. Teoricamente, com nova retração da economia, a pressão inflacionária atual teria que diminuir, fazendo com que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) optasse pela manutenção ou pela redução da taxa de juros atual.
São Paulo, 21 de Agosto de 2015 – Com nova retração mensal, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) atingiu em junho o seu nível mais baixo na série com ajustes sazonais. Até então, o nível mais baixo neste período fora atingido no mês anterior: 142,50 pontos. De acordo com a série histórica do Banco Central para o indicador, o IBC passou de 142,50 pontos em maio (dado já revisado) para 141,67 pontos em junho.
Na série observada, houve leve alta de 0,15% na passagem de maio para junho – passou de 140,87 pontos (dado revisado) para 141,08 pontos no período. Mesmo assim, já havia sido verificado um patamar baixo nessa série mais recentemente. Em fevereiro deste ano, o IBC estava em 138,00 pontos, também de acordo com dados do BC.
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo BC para definir a taxa básica de juros da economia brasileira, a Taxa Selic. Em tese, com o menor crescimento da economia, haveria uma menor pressão inflacionária, fazendo com que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) optasse pela manutenção ou pela diminuição da taxa de juros. Atualmente, os juros básicos da economia estão em 14,25% ao ano – o maior patamar em quase nove anos. A expectativa do mercado, no entanto, é por uma nova elevação da Taxa Selic, ou pela manutenção da mesma, na próxima reunião do Copom, marcada para os dias 01 e 02 de setembro.
Pelo sistema de metas de inflação que vigora no Brasil, o BC precisa calibrar os juros para atingir as metas inflacionárias estabelecidas previamente. Quanto maiores os juros, haverá menos pessoas e empresas dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços tendam a diminuir ou permaneçam estáveis.
Para 2015 e 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Desse modo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
Neste ano, tanto o mercado financeiro quanto o governo, e até mesmo o Banco Central, acreditam que inflação oficial ficará acima do teto de 6,5% do sistema de metas. O mercado estima um IPCA de 9,29% para 2015. O governo, por sua vez, prevê que a inflação deste ano atingirá 8,20%. Já o Banco Central trabalha com uma previsão inflacionária de 7,90% até o final do ano. A autoridade monetária tem afirmado que trabalha para trazer a inflação para o centro da meta, de 4,5%, até o final de 2016.
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