A equipe de analistas da corretora Concórdia, formada por Karina Freitas, Daniela Martins e Danilo de Julio, fez uma análise do resultado do segundo trimestre de 2015 (2T15).

Ao longo do segundo trimestre do ano, condições de mercado favoráveis e gastos contidos – baseados em ganho de escala e controle de custos -, possibilitaram a entrega de resultados bastante robustos, em relação ao 2T14. O segmento de celulose foi o mais beneficiado, com receita 67,4% superior, em R$ 1,5 bilhão, explicada pela elevação de 44,7% do preço em reais da commodity (R$1.1863/ton) e pelo volume de vendas (+15,7%). Já as receitas em papel (+8,6%) se mostraram menos pujantes, porém, bem articuladas, com o maior foco no mercado externo compensando a queda de 2,8% do volume. A elevação de custos – impactada pela parada programada em Mucuri, menor resultado de venda de energia e antecipação de madeira de terceiros – abaixo da variação da receita, somou-se ao controle de despesas administrativas – leia-se ganho de escala da unidade Maranhão -, gerando um resultado bastante expressivo no Ebitda. A última linha ainda teve uma ajuda adicional da valorização do real em relação ao dólar do fim do primeiro trimestre, que resultou na reversão do resultado financeiro negativo de R$ 68,7 milhões, para um positivo de R$ 67,6 milhões na comparação anual. O resultado operacional também foi refletido na redução da relação DívLíq/Ebitda, de 4,5x para 3,3x, na comparação com 2014. Além das condições atuais de continuar entregando bons resultados, acreditamos que os investimentos em modernização e inovação da Suzano são vertentes adicionais para a geração de valor futuro aos acionistas, nos fazendo manter nossa visão positiva de longo prazo.