São Paulo, 09 de Setembro de 2015 – A redução de ritmo observada na produção industrial nacional na passagem de junho para julho de 2015, na série com ajuste sazonal, foi acompanhada por oito dos quatorze locais pesquisados, com destaque para os recuos mais intensos registrados por Paraná (-6,3%) e Ceará (-5,2%).

Com os resultados desse mês, Paraná interrompeu três meses de taxas positivas consecutivas que acumularam expansão de 2,1%; e Ceará eliminou parte do crescimento de 7,0% acumulado nos meses de maio e junho últimos. Santa Catarina (-2,4%) e São Paulo (-1,8%) também assinalaram recuos mais intensos do que a média nacional (-1,5%), enquanto Amazonas (-1,5%), Espírito Santo (-1,4%), Minas Gerais (-1,3%) e Rio de Janeiro (-0,9%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em julho de 2015.

Por outro lado, Rio Grande do Sul (6,8%) e Bahia (5,2%) assinalaram os avanços mais elevados de julho de 2015, enquanto Região Nordeste (3,3%), Pernambuco (3,3%), Goiás (0,6%) e Pará (0,4%) também apresentaram taxas positivas neste mês.

Produção Industrial Regional Acumulada em 2015

No indicador acumulado para os primeiros sete meses de 2015, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou doze dos quinze locais pesquisados, com oito recuando com intensidade superior à média nacional (-6,6%): Amazonas (-15,2%), Rio Grande do Sul (-9,8%), São Paulo (-8,9%), Ceará (-8,9%), Bahia (-7,2%), Paraná (-7,1%), Minas Gerais (-7,0%) e Santa Catarina (-6,7%).

Completaram o conjunto de locais com resultados negativos no fechamento dos sete primeiros meses do ano: Rio de Janeiro (-5,3%), Região Nordeste (-5,0%), Goiás (-2,6%) e Pernambuco (-2,2%).

Nesses locais, o menor dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à diminuição na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes – caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias); bens  intermediários (autopeças, derivados do petróleo, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas); bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da “linha branca” e da “linha marrom”, motocicletas e móveis); e bens de consumo semi e não-duráveis (medicamentos, produtos têxteis, vestuário, bebidas, alimentos e gasolina automotiva).

Por outro lado, Espírito Santo (14,9%) e Pará (6,8%) assinalaram os avanços mais intensos no índice acumulado no ano, impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo do setor extrativo, enquanto Mato Grosso, com acréscimo de 0,3%, mostrou o avanço mais moderado.

Os sinais de diminuição no ritmo produtivo também ficaram evidentes no confronto do índice do primeiro quadrimestre do ano com o resultado do período maio-julho de 2015, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, em que sete dos quinze locais pesquisados mostraram perda de dinamismo, acompanhando o movimento do índice nacional, que passou de -6,3% para -7,0%.

Nesse mesmo tipo de confronto, Espírito Santo (de 19,0% para 10,1%), Pernambuco (de -0,2% para -5,3%), São Paulo (de -6,8% para -11,5%), Goiás (de -0,9% para -4,2%) e Pará (de 8,0% para 5,4%) apontaram as maiores perdas, enquanto Bahia (de -12,3% para -0,4%) e Amazonas (de -17,9% para -11,0%), que reduziram a magnitude de queda, assinalaram os principais ganhos de ritmo entre os dois períodos.

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