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IPP: inflação mensal medida na porta das fábricas acelera e sobe 0,97% em Agosto de 2015

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São Paulo, 25 de Setembro de 2015 – De acordo com o Instituto de Pesquisa de Geografia e Estatística (IBGE), em agosto de 2015, os preços coletados nas indústrias de transformação variaram, em média, 0,97% quando comparados a julho de 2015. Este número é superior ao observado na comparação entre julho de 2015 e junho de 2015 (0,72%). Com isso, o acumulado no ano fica em 4,63%. O acumulado nos últimos doze meses foi de 7,27%.

Entre o oitavo e o sétimo mês do ano, vinte das vinte e quatro atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram variações positivas de preços, contra dezessete do mês anterior. As quatro maiores variações observadas em agosto de 2015 se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: Indústrias extrativas (-8,70%), outros equipamentos de transporte (6,83%), fumo (6,67%) e papel e celulose (3,96%).

Confira a performance de todos os grupos de indústria avaliados pelo IBGE em Agosto de 2015 para elaboração do IPP

Na comparação entre agosto de 2015 e julho de 2015 os itens que mais exerceram influência sobre a valorização do IPP foram: alimentos (0,32%), Indústrias extrativas (-0,29%), outros equipamentos de transporte (0,16%) e papel e celulose (0,15%).

A seguir, são analisados detalhadamente os cinco setores que, no mês de agosto de 2015, encontravam-se entre os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor por apresentarem grande variação acumulada na comparação com o mês anterior:

Indústrias extrativas

Em agosto, os preços das indústrias extrativas recuaram, em média, em 8,70%, quarta maior taxa negativa da série que teve início em janeiro de 2014. Com o resultado de agosto, o acumulado no ano chegou a – 6,50%. Por sua vez, a taxa anualizada (agosto de 2015 contra agosto de 2014) foi de – 21,60%, que, apesar de expressiva, é a segunda menor entre as negativas (em julho de 2015, – 14,68%). Vale dizer que a série anual teve início em dezembro de 2014 e todos os seus resultados são negativos. Este setor está em destaque nessa análise por que foi a maior variação negativa, na comparação mês com o mês imediatamente anterior, e também foi destaque em termos da influência no índice mês imediatamente anterior e no índice anual. Vale dizer que, nos três casos, foi o único setor destacado com variação negativa de preços. Dos quatro produtos que compõem o setor, “minérios de ferro” e “óleos brutos de petróleo” têm, na comparação mês com o mês imediatamente anterior, no acumulado e no anual, influência negativa. Por sua vez, os outros dois produtos (“gás natural” e “minérios de cobre em bruto ou beneficiados”) geram, nas três comparações, influências positivas.

Outros equipamentos de transporte

Em agosto de 2015, os preços do setor apresentaram variação positiva de 6,83% em relação ao mês anterior. O resultado nesse indicador depende em grande parte da variação da taxa de câmbio (R$/US$), tanto que no acumulado do ano houve uma variação de preços de 24,52% contra uma variação cambial de 33,0% e nos últimos 12 meses foi de 36,74% contra uma variação cambial de 55,0%. Em agosto o setor apresentou aumento de preços para todos os índices que são analisados (mês contra mês anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos doze meses) e seus resultados foram os maiores para o indicadores acumulado ano e doze meses desde o início da pesquisa, em dezembro de 2009.

Fumo

Em agosto de 2015, os produtos do fumo mostraram variação positiva de 6,67% na comparação com o mês anterior. Já na comparação com igual mês do ano anterior, os preços do setor fumo registram aumento de 35,90%. Este diferencial nas taxas deste ano e do ano anterior se mostra compatível com as variações na taxa de câmbio (R$/US$) no período, com impacto imediato nos preços em real de ―fumo processado. De acordo com dados do Banco Central, na comparação entre agosto de 2015 e agosto de 2014 verifica-se uma apreciação do dólar de aproximadamente 55,0% e um aumento acumulado no ano de 33,0%. Por fim, observa-se uma variação positiva de 22,66% nos produtos do fumo no acumulado de 2015, que também caminhou no mesmo sentido do dólar, sendo esta a sétima variação positiva no ano (quarta consecutiva) e a décima primeira variação positiva dos últimos doze meses. Além disso, outro fator que motiva tal variação positiva em 2015 foi a regulamentação estipulada pelo governo que estabelece um preço mínimo para cigarros em 2015, determinado pela Lei 12.546 de 14 de dezembro de 2011.

Papel e Celulose

A variação de preços observada em agosto contra julho, de 3,96%, é a quarta maior da série, que teve seu ápice em março de 2015 (4,94%). Entre as indústrias de transformação, o setor teve o terceiro maior aumento de preços ao produtor do mês; o terceiro maior aumento acumulado desde Janeiro/2015 (16,99%); e o terceiro maior aumento (25,95%) no período de um ano. Comparado com o índice de Julho (1,14%), o de Agosto teve um aumento de 2,82%. Com o desempenho de agosto/2015, a indústria de papel e celulose, dentro das indústrias de transformação, teve uma influência de 0,15% no aumento de 1,25%, ficando atrás apenas de ―Produtos Alimentícios‖ (0,32%) e ―Outros Equipamentos de Transporte‖ (0,16%). As razões para o aumento dos preços do setor foram a alta no custo da matéria prima — em particular da ―celulose‖, que por sua vez é um dos produtos fabricados pelo setor —, cotada em dólar, e nos demais custos de produção. Os produtos do setor que tiveram maior influência na variação de agosto foram ―celulose‖, ―papel kraft para embalagem não revestido‖, ―papel para escrita, impressão e outros usos gráficos, não revestidos de matéria inorgânica‖ e ‗fraldas descartáveis‖. Em conjunto, da variação de 3,96%, estes produtos tiveram influência de 3,84%.

Alimentos

Em agosto de 2015, os preços dos alimentos variaram, em média, 1,68%, segundo maior resultado no ano (1,70% em março de 2015). Com isso, até agosto houve uma variação acumulada de 4,17%, resultado que só foi suplantado recentemente pelo de dezembro de 2013 (6,80%). A comparação mês contra mesmo mês do ano anterior, em agosto, foi de 7,57%, maior resultado observado entre maio de 2014 (9,20%) e este. Enquanto entre as maiores variações aparecem três carnes distintas – “carnes de bovinos congeladas”, variação positiva; “carnes de suínos frescas ou refrigeradas”, variação negativa; e “carnes e miudezas de aves, frescas ou refrigeradas”, variação positiva -, em termos de influência, apenas a primeira citada se destaca. Os outros produtos de maior influência são: “resíduos da extração de soja”, “sucos concentrados de laranja” e “óleo de soja refinado”, todos com variações positivas de preços. Os quatro produtos de maior influência respondem por 1,17% da variação de 1,68%. Num ambiente de desvalorização cambial (aproximadamente 9,0% em agosto, 33,0% ao longo de 2015 e 55,0% em doze meses), é de se esperar que produtos voltados à exportação despontem como os mais influentes nas várias comparações habitualmente feitas. Nesse sentido, justifica-se a influência positiva de “sucos concentrados de laranja”, “carne de bovino congelada” e mesmo a “carne de bovino fresca ou refrigerada” e os derivados de soja. Deve-se ponderar, todavia, que outros fatores também influenciam esses preços, como, por exemplo: problemas de oferta da soja americana em meses anteriores e, para o mesmo produto, a entressafra atual; no caso da carne, o restabelecimento de mercados (China) ao produto brasileiro.

Entenda o Índice de Preços ao Produtor (IPP)

Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) tem como principal objetivo medir a variação média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no Brasil.

O IPP mensura a evolução dos preços de produtos de vinte e três setores da indústria de transformação. Cerca de mil e quatrocentas empresas são visitadas pelo IBGE para a pesquisa.

Os preços coletados ainda não apresentam a incorporação de impostos tarifas e fretes, sendo definidos apenas pelas práticas comerciais usuais. O instituto coleta, aproximadamente, cinco mil preços por mês.

Clique aqui e saiba mais sobre a inflação aferida na porta das fábricas brasileiras.

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