Em 27 de Abril de 2015, a Klabin divulgou relatório sobre seus resultados operacionais e financeiros durante o primeiro trimestre de 2015. As informações financeiras e operacionais contidas nesse relatório, exceto quando indicado de outra forma, são apresentadas em bases consolidadas, em reais brasileiros, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo a Legislação Societária e a convergência às normas internacionais do IFRS. As comparações realizadas neste comunicado levam em consideração o primeiro trimestre de 2014, exceto quando especificado em contrário.

Klabin (KLBN3, KLBN4 e KLBN11) atua principalmente na produção, exportação e reciclagem de papéis (papelão revestido, papel de embalagem, papel reciclado e papel kraft) e embalagens (papel ondulado, caixa de papelão ondulado e saco industrial, além de comercializar toras de madeira e sementes de pinheiro e de eucalipto.

 

 

Conjuntura Econômica da Klabin no 1° Trimestre de 2015

A receita líquida da Klabin (KLBN3, KLBN4 e KLBN11) de R$ 1.308 milhões, crescimento de 9% em relação ao mesmo período de 2014. No mercado interno a receita líquida foi R$ 915 milhões e  representou 70% da receita total, enquanto as exportações somaram R$ 393 milhões.

O volume de vendas de 437 mil toneladas, 1% abaixo em relação ao primeiro trimestre de 2014. O volume vendido no mercado interno foi de 292 mil toneladas e representou 67% do volume total, enquanto o volume exportado foi de 145 mil toneladas.

O EBITDA Ajustado de R$ 461 milhões, aumento de 9% em comparação ao primeiro trimestre de 2014. A margem EBITDA ajustado no trimestre foi de 35%, mesma margem observada no primeiro trimestre de 2014.

O montante desembolsado no primeiro trimestre de 2015 foi de R$ 1,0 bilhão, devido principalmente à aceleração dos investimentos no Projeto Puma, que totalizaram R$ 880 milhões no primeiro trimestre.

As obras da nova fábrica de celulose da Klabin que terá capacidade de 1,5 milhão de toneladas contavam com avanço físico de 58% até o final de março e 41% de desembolsos financeiros.

 

 

O volume de vendas da Klabin no 1° Trimestre de 2015

No primeiro trimestre de 2015 o volume total vendido pela Klabin (KLBN3, KLBN4 e KLBN11), sem incluir madeira, foi de 437 mil toneladas, estável tanto em relação ao primeiro trimestre de 2014 quanto ao quarto trimestre de 2014. Ao longo do período, as vendas de papéis para embalagens foram impactadas pela parada programada de manutenção na fábrica de Otacílio Costa (SC) epela menor produção da máquina de papéis de Angatuba, que voltou a produzir após a parada para reforma e ampliação da capacidade ao final de dezembro. A menor produção de papéis foi em parte compensada pelo aumento no volume de vendas de cartões revestidos em relação ao primeiro trimestre de 2014.

Nos mercados de conversão, seguindo queda do volume de expedição de caixas indicada pela ABPO, o volume de vendas da Klabin foi 3% menor se comparado ao primeiro trimestre de 2014. Vale lembrar que no caso da Klabin, a deterioração dos mercados de conversão no Brasil pode ser compensada por maiores volumes de vendas de papéis aos mercados domésticos e internacionais. Também é valido ressaltar neste trimestre que a piora da atividade econômica no Brasil e a forte desvalorização do real permitiram à Klabin enviar 33% de suas vendas ao mercado externo contra 28% verificadas no último trimestre de 2014, comprovando a flexibilidade da Companhia, que repetiu a estratégia adotada no primeiro trimestre de 2014 quando o mercado externo representou 35% do volume total de vendas.

 

 

A receita líquida da Klabin no 1° Trimestre de 2015

A receita líquida no primeiro trimestre de 2015, incluindo madeira, cresceu 9% em relação ao primeiro trimestre de 2015 e atingiu R$ 1.308 milhões, influenciada especialmente pela desvalorização do real em relação ao dólar que gerou maiores receitas na parcela destinada ao mercado externo. A receita líquida proveniente das vendas ao mercado externo representou 30% do total, contra 28% e 25% observadas no primeiro trimestre de 2014 e quarto trimestre de 2014 respectivamente. Outros fatores que explicam a maior receita no período foram os maiores volumes de vendas de cartões e o melhor mix de vendas.

A receita no mercado interno apresentou crescimento de 6% e a do mercado externo aumento de 16% se comparadas às receitas do primeiro trimestre de 2014. Estes números comprovam a flexibilidade da Klabin (KLBN3, KLBN4 e KLBN11) na busca dos melhores mix de produtos e de mercados em diferentes cenários econômicos.

A receita líquida pró-forma, considerando a receita proporcional da Klabin na empresa Florestal Vale do Corisco S.A, totalizou R$ 1.322 milhões.

 

 

Os custos e despesas da Klabin no 1° Trimestre de 2015

O custo caixa unitário da Klabin (KLBN3, KLBN4 e KLBN11), incluindo os custos fixos e variáveis e as despesas operacionais, foi de R$ 1.957 o trimestre, 10% acima do verificado no primeiro trimestre de 2014. O aumento já refletiu no período o incremento nos custos de aquisição de energia elétrica anunciado pelo governo no início do ano. Além dos maiores gastos com energia, o custo caixa foi impactado pela inflação e pelos efeitos da variação cambial sobre os insumos de produção, e por maiores gastos de pessoal, com dissídios e provisões para participação nos lucros crescentes ao longo de 2014. Por outro lado, o aumento do custo caixa foi parcialmente compensado pela redução nas despesas de vendas e pelo crescimento das despesas gerais e administrativas abaixo da inflação. No primeiro trimestre de 2015 houve a parada para revisão do Turbo Gerador 8 da fábrica de Monte Alegre (PR), que impactou o custo caixa do trimestre com compra adicional não recorrente de energia no mercado, e no mês de março foi realizada parada para manutenção na fábrica de Otacílio Costa (SC). Essas paradas não foram realizadas no ano anterior e excluindo seus efeitos, o custo caixa unitário seria R$ 1.900 no trimestre, 7% acima do primeiro trimestre de 2014.

Para o segundo trimestre de 2015 está programada a parada anual para manutenção na fábrica de Monte Alegre (PR) e também a parada para manutenção na fábrica de Correia Pinto (SC).

O custo dos produtos vendidos por tonelada no primeiro trimestre de 2015, excluindo depreciação, exaustão e amortização, foi de R$ 1.560 no trimestre, 10% acima do primeiro trimestre de 2014. O aumento é explicado pelo maior custo variável decorrente da pressão nos preços de matérias primas, principalmente energia, em parte compensado pelo menor volume de compras de papéis para sacos.

As despesas com vendas foram R$ 94 milhões no trimestre, redução de 4% em relação ao primeiro trimestre de 2014.

As despesas comerciais, que são em sua maioria variáveis, tiveram leve queda em relação à receita de vendas e no trimestre representaram 7,2% da receita líquida.

As despesas gerais e administrativas foram R$ 75 milhões no trimestre. Mesmo com os impactos de maiores gastos com pessoal referentes à maior parcela  desembolsada em participação de lucros e dissídios ocorridos ao longo de 2014, as despesas gerais e administrativas foram apenas 3% acima do mesmo período do ano anterior.

Outras receitas / despesas operacionais resultaram em uma despesa de R$ 6milhões no primeiro trimestre de 2015 comparada a uma receita de R$ 9 milhões no primeiro trimestre de 2014.

 

 

O EBITDA ajustado da Klabin no 1° Trimestre de 2015

No primeiro trimestre de 2015, o crescimento de receita se refletiu em nova elevação de Ebitda, mesmo com a forte pressão inflacionária nos custos de produção no início do ano, e a geração operacional de caixa (EBITDA ajustado) foi de R$ 461 milhões, com margem EBITDA de 35%. O melhor mix de vendas no mercado  interno, aliado a desvalorização do real em relação ao dólar permitiu à Klabin obter maior receita de vendas em ambos os mercados. Esta flexibilidade aliada à resiliência dos mercados atendidos pela Klabin (KLBN3, KLBN4 e KLBN11) vem sendo responsável pelo crescimento sustentável da receita líquida e resultados.

Esse valor representa um aumento de 9% em relação ao valor verificado no mesmo trimestre do ano anterior e inclui a participação da Klabin na empresa Florestal Vale do Corisco S.A. de R$ 8 milhões.

 

 

O endividamento da Klabin no 1° Trimestre de 2015

O endividamento bruto da Klabin (KLBN3, KLBN4 e KLBN11) em 31 de março era de R$ 13.015 milhões, aumento de R$ 2.030 milhões se comparado ao final do quarto trimestre de 2014, devido principalmente à desvalorização de 21% do real em relação ao dólar. Da dívida total, R$ 8.393 milhões, ou 64% (US$ 2.616 milhões) são denominados em dólar, substancialmente pré-pagamentos de exportação. O caixa e as aplicações financeiras da Companhia encerraram o primeiro trimestre de 2015 em R$ 5.575 milhões, redução de R$ 168 milhões em comparação ao quarto trimestre de 2014, devido principalmente aos recursos investidos no Projeto Puma, que foram em parte compensados pela geração de caixa de Companhia e contratação de novas linhas de financiamento. Esse valor supera as amortizações de financiamentos a vencer nos próximos 51 meses, e desse total, R$ 1.259 milhões (US$ 392 milhões) são denominados em dólar.

O endividamento líquido consolidado em 31 de março totalizou R$ 7.440 milhões, comparado a R$ 5.242 milhões em 31 de dezembro de 2014, aumento de R$ 2.198 milhões. Este aumento deve-se em especial aos investimentos de R$ 1,0 bilhão efetuados no trimestre e pelo impacto contábil da variação cambial na parcela da dívida em dólares, em parte compensados pela forte geração de caixa da Companhia. Assim, a relação dívida líquida / EBITDA ajustado fechou o primeiro trimestre de 2015 em 4,2 vezes, contra 3,0 vezes observado ao final de 2014. A alta desvalorização do real no primeiro trimestre do ano afetou a relação dívida líquida / EBITDA em 0,7x.

 

 

O resultado financeiro da Klabin no 1° Trimestre de 2015

As despesas financeiras nos últimos 12 meses têm sido impactadas pelo aumento do endividamento bruto da Klabin (KLBN3, KLBN4 e KLBN11) que vem ocorrendo por meio da  contratação de linhas de financiamento vinculadas ao Projeto Puma, assim como pelo aumento das taxas de juros brasileiras. Assim, as despesas financeiras somaram R$216 milhões no primeiro trimestre de 2015 contra R$ 106 milhões no mesmo período do ano anterior, porém estáveis em relação ao quarto trimestre de 2014.

As receitas financeiras atingiram R$ 119 milhões no trimestre, resultado estável em relação ao primeiro trimestre de 2014 e 10% inferior ao verificado no quarto trimestre de 2014, devido à redução do saldo médio em caixa e aplicações financeiras por conta dos desembolsos com o Projeto Puma. Desta forma, o resultado financeiro, excluídas as variações cambiais, foi negativo em R$ 97 milhões no primeiro trimestre de 2015, comparado ao resultado negativo de R$ 93 milhões do último trimestre de 2014 e ao resultado positivo de R$ 15 milhões do primeiro trimestre de 2014.

A taxa de câmbio encerrou o trimestre 21% acima do patamar observado ao final de dezembro de 2014. Por este motivo as variações cambiais líquidas foram negativas em R$ 1.288 milhões no primeiro trimestre de 2015. É valido ressaltar que o efeito da variação cambial no balanço patrimonial da Companhia é puramente contábil, sem efeito caixa significativo no curto prazo.

 

 

Os investimentos da Klabin no 1° Trimestre de 2015

A Klabin (KLBN3, KLBN4 e KLBN11) investiu R$ 1,0 bilhão no primeiro trimestre de 2015 com destaque para os investimentos na nova planta de celulose em Ortigueira (PR). Do total investido no trimestre, R$ 59 milhões foram destinados à continuidade operacional das fábricas, R$ 21 milhões tiveram como destino as operações florestais, R$ 40 milhões foram aplicados em projetos especiais e expansões da capacidade e R$ 880 milhões no Projeto Puma. A nova planta de celulose da Klabin terá capacidade para 1,5 milhão de toneladas de celulose. As obras têm caminhado dentro de prazo e cronograma estabelecidos previamente, e até março de 2015 contavam com avanço físico de 58%.

No dia 02 de fevereiro, a nova máquina de papel reciclado da fábrica de Goiana (PE) com capacidade de 110 mil tons/ano produziu seu primeiro rolo jumbo de papel e atualmente vem operando de acordo com sua curva de aprendizagem. A máquina vem produzindo papéis de ótima qualidade que abastecerão as fábricas de  papelão ondulado da região. A ampliação triplica sua capacidade de produção de papel reciclado da fábrica, saltando das atuais 50 mil toneladas/ano para 160 mil toneladas/ano e reforça a presença da Klabin na região Nordeste, que tem apresentado crescimento no consumo em setores importantes para o mercado de embalagens como alimentos industrializados, fruticultura e construção civil.

 

 

Os ativos totais da Klabin no 1° Trimestre de 2015

Os ativos totais da Klabin (KLBN3, KLBN4 e KLBN11) no primeiro trimestre de 2015 foram de R$ 22.274.557 milhões, 5,20% superior ao quarto trimestre de 2014: R$ 21.173.855 milhões.

 

 

O patrimônio líquido da Klabin no 1° Trimestre de 2015

O patrimônio líquido da Klabin (KLBN3, KLBN4 e KLBN11) no primeiro trimestre de 2015 foi de R$ 6.232.945 milhões, -11,69% inferior ao quarto trimestre de 2014: R$ 7.058.323 milhões.

 

 

Pagamento de dividendos da Klabin no 1° Trimestre de 2015

A partir do dia 06 de abril foi realizado o pagamento de dividendos complementares aprovados em Assembleia Geral Ordinária realizada em 19 de março de 2015. O montante pago foi de R$ 22,27 por lote de mil ações ordinárias, R$ 22,27 por lote de mil ações preferenciais e R$ 111,36 por lote de mil Units totalizando R$ 102 milhões.

 

 

A Klabin no mercado de capitais

No primeiro trimestre de 2015 as Units da Klabin (KLBN11) apresentaram valorização de 25%, contra uma valorização de 2% do IBOVESPA. As Units da  Klabin (KLBN11) foram negociadas em todos os pregões da BM&FBovespa, registrando 355 mil operações que envolveram 185 milhões de títulos e um volume médio diário negociado de R$ 48 milhões ao final do período. Nos últimos doze meses, as ações da Klabin tiveram valorização de 57%, contra uma valorização de 1% do  IBOVESPA.

O capital social da Klabin (KLBN3, KLBN4 e KLBN11) é representado por 4.730 milhões de ações, das quais 1.849 milhões de ações ordinárias e 2.881 milhões de ações preferenciais. As ações da Klabin também são negociadas no mercado norte-americano. Como ADRs Nível I, os títulos são listados no OTC (“over-the-counter”), mercado de balcão, sob o código KLBAY.

Pelo segundo ano consecutivo, a Klabin integra o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da BM&FBovespa. A nova carteira, que entrou em vigor entre 5 de janeiro de 2015, reúne 51 ações de 40 companhias que se destacam pelo alto grau de comprometimento com a sustentabilidade dos negócios e do país. Essa conquista reforça o compromisso histórico da Klabin, pioneira nas certificações do setor de celulose e papel e no manejo da biodiversidade, com o desenvolvimento sustentável.

Negociado no Mercado Bovespa desde 10 de Dezembro de 2002, o ativo KLBN11 é composto por 1 ação ordinária KLBN3 e 4 ações preferenciais KLBN4. Apesar de representar mais de uma classe de valores mobiliários, a unit da Klabin é comprada e/ou vendida no mercado como uma unidade.

Além dos ativos negociados na BM&FBOVESPA, a Klabin S/A também possui valores mobiliários negociados no mercado de balcão organizado norte-americano. Na plataforma OTCQX, adminstrada pela Pink OTC Market, o investidor pode negociar American Depositary Receipts (ADRs) KLBAY.