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IPP: inflação mensal medida na porta das fábricas deslancha e sobe 3,03% em Setembro de 2015

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São Paulo, 27 de Outubro de 2015 – De acordo com o Instituto de Pesquisa de Geografia e Estatística (IBGE), em setembro de 2015, os preços coletados nas indústrias de transformação variaram, em média, 3,03% quando comparados a agosto de 2015. Este número é superior ao observado na comparação entre agosto de 2015 e julho de 2015 (0,96%). Com isso, o acumulado no ano fica em 7,80%. O acumulado nos últimos doze meses foi de 9,44%.

Entre o nono e o oitavo mês do ano, vinte e duas das vinte e quatro atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram variações positivas de preços, contra vinte do mês anterior. As quatro maiores variações observadas em setembro de 2015 se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: Indústrias extrativas (12,50%), fumo (8,38%), outros equipamentos de transporte (7,95%) e alimentos (5,48%).

Confira a performance de todos os grupos de indústria avaliados pelo IBGE em Setembro de 2015 para elaboração do IPP

Na comparação entre setembro de 2015 e agosto de 2015 os itens que mais exerceram influência sobre a valorização do IPP foram: alimentos (1,04%), Indústrias extrativas (0,37%), outros produtos químicos (0,37%) e outros equipamentos de transporte (0,20%).

A seguir, são analisados detalhadamente os cinco setores que, no mês de setembro de 2015, encontravam-se entre os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor por apresentarem grande variação acumulada na comparação com o mês anterior:

 

Indústrias extrativas

Em setembro, os preços das indústrias extrativas variaram em 12,50%, resultado que praticamente compensa, por exemplo, a variação negativa de janeiro, -12,73%. Seja como for, o resultado de setembro inverteu o acumulado no ano, que passou de -6,50%, em agosto, para 5,19%. Na comparação com setembro de 2014, a variação ainda é negativa, -13,28%, mas já esteve em -42,06% em janeiro e em -21,60% em agosto.

Todos os produtos levantados nesta atividade tiveram variação positiva em setembro, encabeçados por “minérios de ferro” e “óleos brutos de petróleo”. Estes produtos, que são os de maior peso no cálculo do setor, continuam contribuindo negativamente na perspectiva de variação mês contra mesmo mês do ano anterior.

 

 

Fumo

Neste mês, os preços do setor tiveram um aumento maior do que havia ocorrido em agosto, quando a variação chegou a 6,67%. Em setembro, a variação foi de 8,38%, sendo esta a maior variação mensal entre todas as atividades que compõem as indústrias de transformação desde o início da série. Até então, a maior variação nesta atividade havia ocorrido em abril/2012, quando atingiu 7,95%. Com esse resultado, o acumulado do ano chegou a 32,94%, o maior no setor desde o início da série para o mesmo período do ano. O maior acumulado no mês de setembro ocorrera em 2012 (15,18%). Na comparação dos últimos doze meses, os preços estão 44,67% maiores, também maior variação deste índice para este setor desde o início da série.

Neste mês, tanto para o acumulado no ano quanto para os últimos doze meses, o setor de fumo ocupou a segunda posição na indústria geral, ficando atrás apenas do setor Outros equipamentos de transporte, cujas variações foram 34,41% e 45,33%, respectivamente. Os números, nos três índices avaliados, são um reflexo do aumento dos preços principalmente no fumo processado. Os preços dessa atividade acompanham a depreciação do real frente ao dólar, que no mês, no acumulado do ano e nos últimos doze meses foram de aproximadamente 11,0%, 48,0% e 68,0%, respectivamente.

 

 

Outros equipamentos de transporte

Na comparação de setembro contra agosto de 2015, os preços do setor cresceram 7,95%, representando 0,20% da flutuação do índice das Indústrias de Transformação (2,66%). Em igual período no ano passado, o acréscimo mensal havia sido de 1,56%.

Nesse ano a atividade vem apresentando um quase contínuo quadro de majoração de preços, tal que o acumulado de 2015, já considerando o mês de setembro, é de 34,41%. A única exceção ocorreu em abril (-1,74%), mês subsequente àquele no qual o câmbio havia sofrido uma depreciação frente ao dólar mais  acentuada (em torno de 11,0%, como agora em setembro). O movimento de majoração de preços observado tem como uma das causas a depreciação da moeda doméstica ocorrida nos últimos meses.

 

 

Alimentos

Em setembro, os preços do setor cresceram, quando comparados aos de agosto, em 5,48%, maior resultado da série, que só encontra um similar em outubro de 2010 (5,30%). Vale registrar que o resultado de setembro fez com que a influência devida a alimentos fosse de 1,04% — a maior de todas, seguida pela de extrativas, 0,37% — na variação de 3,03% do total das indústrias extrativas e de transformação.

Com o resultado de setembro, o acumulado ao longo de 2015 saiu de 4,43%, em agosto, para 10,15%, maior resultado desde dezembro de 2012 (14,86%). Dezembro de 2012 reflete a variação anual, mas, naquele ano, em setembro, a variação de preços acumulada alcançava 15,21%. Na comparação setembro 2015/setembro 2014, os preços atuais estão 13,15% maiores, maior resultado desde janeiro de 2013 (13,23%).

Entre os produtos destacados, há dois deles (“resíduos da extração de soja” e “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas”) que aparecem tanto como os de maior variação de preços como os de maior influência no resultado do mês. Completam os produtos de maior influência, “açúcar cristal” e “sucos concentrados de laranja”. Os quatro produtos tiveram influência de 3,18% (em 5,48%).

Deve ser considerado na explicação do resultado atual o fato de o câmbio ter, no mês, depreciado em mais de 11,0% frente ao dólar (similar ao que ocorrera em março de 2015), com influência direta em vários produtos do setor, como é o caso de “sucos concentrados de laranja”, cuja variação reflete, em alguns casos, quedas de preços em real. No caso do “açúcar cristal”, além do estímulo à exportação, a oferta tem estado menor graças ao direcionamento de uma maior parte da cana-de-açúcar para a produção de etanol. No caso dos derivados de soja: “resíduos da extração de soja” é um deles, além do câmbio, uma maior demanda interna por parte das indústrias (em particular as produtoras de rações), num momento em que começa o início do plantio da soja e, portanto, a oferta é baixa, é um fator adicional que explica a variação observada. Por fim, no caso de “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” deve-se considerar o maior direcionamento da produção para o exterior, com a consequente diminuição da oferta interna, mas também o impacto, via custo, da menor disponibilidade de animais para abate.

No acumulado, os produtos que aparecem em destaque, em termos de influência, são os mesmos listados anteriormente, com a troca de “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” por “carnes de bovinos congeladas”, esta de mais fácil acesso ao mercado externo. O fato de esses produtos figurarem entre os de maior influência é reflexo, em grande parte, da depreciação do real frente ao dólar que, até setembro de 2015, acumulou aproximadamente 48,0%.

 

 

Outros produtos químicos

Embora no início de ano tenha havido queda de preços nos dois primeiros meses, o que se repetiu no mês de maio, o setor vem reagindo e apresentando, desde então, variações positivas, que em setembro foi de 3,41%. Com isso o acumulado do ano chegou a 12,70%, sendo a maior taxa para esse período do ano desde o início da série do IPP, e a variação nos últimos doze meses foi de 13,70%, maior resultado para este índice desde fevereiro/2013 (14,66%).

Os produtos que mais se destacaram na variação de preços do mês foram: soda ou potassa cáustica; dióxidos de titânio; fenol (hidróxibenzeno) e seus sais; borracha de estireno, butadieno; todos com variação positiva. Em relação à influência, comparando com o mês de agosto de 2015: adubos ou fertilizantes à base de NPK, etileno (eteno) não-saturado e polipropileno (PP) foram destaque com resultado positivo, nos três índices avaliados. O outro produto, também com variação positiva, mas que só tem influência neste indicador, foi PEBD. Os quatro produtos somaram influência de 1,79% na variação de 3,41%, ou seja, 1,62% se deveu aos outros 28 produtos. Propeno não-saturado, por sua vez, teve impacto negativo no acumulado do ano e no índice anual.

 

Entenda o Índice de Preços ao Produtor (IPP)

Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) tem como principal objetivo medir a variação média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no Brasil.

O IPP mensura a evolução dos preços de produtos de vinte e três setores da indústria de transformação. Cerca de mil e quatrocentas empresas são visitadas pelo IBGE para a pesquisa.

Os preços coletados ainda não apresentam a incorporação de impostos tarifas e fretes, sendo definidos apenas pelas práticas comerciais usuais. O instituto coleta, aproximadamente, cinco mil preços por mês.

Clique aqui e saiba mais sobre a inflação aferida na porta das fábricas brasileiras.

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