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PIB: IBC-Br volta a cair, fechando Agosto de 2015 com variação mensal de -0,76%

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Rio de Janeiro, 16 de Outubro de 2015 – O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado um parâmetro preliminar da evolução do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, caiu 0,76% em agosto de 2015 na comparação com o mês anterior. Essa taxa mensal de variação foi obtida após ajustes sazonais dos componentes do indicador. Os dados dos meses anteriores, na margem com ajuste sazonal, também foram revisados pelo Banco Central (BC): redução mensal de -0,01% em julho, retração mensal de -0,85% em junho, avanço mensal de 0,03% em maio, queda mensal -1,04% em abril, recuo mensal de-1,41 em março, alta mensal de 0,57% em fevereiro e queda mensal de 0,14% em janeiro.

De acordo com a série histórica do Banco Central para o indicador, o IBC passou de 141,08 pontos em julho (dado já revisado) para 140,01 pontos em agosto. Esse é o nível mais baixo do IBC-Br na série com ajustes sazonais.

Por outro lado, na série observada, houve recuo de 2,00% entre julho e agosto deste ano – passando de 145,82 pontos (dado revisado) para 142,91 pontos no período. Mesmo assim, já havia sido verificado um patamar mais baixo nessa série mais recentemente. Em fevereiro deste ano, o IBC estava em 137,83 pontos, também de acordo com dados do BC.

Na comparação entre os meses de agosto de 2015 e 2014, houve retração tanto na séria dessazonalizada quanto na série observada. Na série com ajustes sazonais, o IBC-Br de agosto de 2015 registrou retração de 4,85% na comparação com agosto de 2014. Já na série observada, sem ajustes sazonais, a contração foi de 4,47% do IBC-Br de agosto de 2015 com relação ao mesmo mês do ano anterior.

No acumulado de janeiro a agosto deste ano, ainda segundo informações do BC, o nível de atividade da economia brasileira, observado por meio do IBC-Br, teve queda de 2,99%. Neste caso, o índice foi calculado antes de ajuste sazonal, uma vez que considera períodos iguais.

Já no acumulado dos últimos doze meses até agosto, o indicador (dessazonalizado) registrou contração de 2,28%. Na série observada, a retração acumulada no período é de 2,16%.

Revisão do IBC-Br

Mensalmente, o BC realiza revisões do IBC-Br. Desde que passou a incorporar novos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , no entanto, a partir do dado referente a março de 2015, as mudanças têm sido mais drásticas.

No Relatório Trimestral de Inflação de março, o BC já havia destacado que, em função da migração das contas nacionais brasileiras para o Sistema de Contas Nacionais 2010 (SCN 2010), o IBC-Br deveria experimentar revisões na série histórica ao longo dos próximos meses. Isso porque o BC passou a refletir a incorporação das mudanças metodológicas e as novas informações disponibilizadas pelo Instituto. O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

Cálculo do IBC-Br

O IBC-Br incorpora estimativas de produção dos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária. O valor dos impostos que incidem sobre os produtos também são incluídos no cálculo desse indicador, que serve como parâmetro de avaliação do ritmo de crescimento da economia brasileira ao longo dos meses.

Em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial nacional registrou queda mensal de 1,2%. Esse foi o sexto resultado negativo da indústria brasileira no ano, período em que já acumula perda de 6,9%.

O comércio varejista brasileiro fechou o oitavo mês de 2015 com variação negativa de 0,9% no volume de vendas. A receita nominal gerada pelas vendas no varejo também foram menores do que no último mês, redução de 0,2%. Ambas as taxas foram calculadas em relação ao mês imediatamente anterior, após ajuste sazonal dos indicadores.

O setor de serviços, por sua vez, cresceu 2,1% em julho. A taxa de variação do setor de serviços brasileiro é calculada apenas em relação ao mesmo mês do ano anterior.

IBC-Br x PIB

O IBC-Br foi criado para tentar ser uma estimativa mensal da variação do PIB país. No entanto, os últimos resultados do Índice de Atividade Econômica divulgado pelo BC não têm mostrado muita proximidade com os dados oficiais do PIB divulgados pelo IBGE.

IBC-Br x Taxa Selic

O IBC-Br também é uma das ferramentas usadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros (Selic) do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária e, consequentemente, a adoção de uma taxa básica de juros mais baixa.

Atualmente, entretanto, os juros básicos estão em 14,25% ao ano – o maior patamar em quase nove anos – e a expectativa do mercado, até o momento, é de manutenção deste patamar. Isso ocorre porque as taxas de inflação aferidas no país também permanecem bastante elevadas.

Pelo sistema de metas de inflação que vigora no Brasil, o BC precisa calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Para 2014 e 2015, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Desse modo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

A expectativa do mercado financeiro é que a taxa básica de juros mantenha-se elevada. Segundo analistas, a política de gastos públicos, com dificuldade de ser adequada à realidade econômica do país, e a valorização do dólar, entre outros fatores, tendem a continuar pressionando a inflação este ano.

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