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CS acha proposta da bolsa pela Cetip baixa; Citi espera venda de ações da CME

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O banco suíço Credit Suisse considerou baixa a proposta da BM&Bovespa pela Cetip (CTIP3) e acredita que os acionistas minoritários da central de títulos privados devem pedir mais para aceitar a fusão. A BM&FBovespa anunciou na sexta-feira que havia feito uma proposta para a Cetip de compra por R$ 39 a ação, metade em dinheiro e metade em ações da própria bolsa. O valor representava um ágio de 15% sobre o preço da ação um dia antes da BM&FBovespa anunciar o interesse em uma fusão com a Cetip.

Segundo o CS, que trabalha com um preço justo para a Cetip de R$ 40,00, 3% acima da proposta da bolsa, e um valor justo para a ação da BM&FBovespa de R$ 11,50, 4% mais baixo que o oferecido na troca, a operação seria interessante para os acionistas da bolsa, mas não para os minoritários da Cetip. “Apesar de não muito longe do que achamos que seria razoável, melhores condições devem ser necessárias para que o negócio se realize”, diz o banco suíço.

O CS lembra ainda que a situação dos minoritários da Cetip é confortável, com a empresa indo bem em termos financeiros e as perspectivas para a empresa são boas. Para o banco, sem um prêmio razoável, seria difícil justificar tornar-se parte de uma nova bolsa com limitado potencial de alta.

Nos cálculos do CS, o pagamento de metade da operação em dinheiro levaria a BM&FBovespa a ter um gasto de R$ 5,024 bilhões por 50% da Cetip. No fim do terceiro trimestre, a bolsa tinha R$ 2,571 bilhões em caixa, ou 51% do necessário. Mas, diante da sua situação confortável, praticamente sem dívidas, a bolsa conseguiria facilmente levantar recursos no mercado para a operação.

A parcela em dinheiro, acredita o CS, será usado para facilitar a saída da sócia americana InterContinental Exchance (ICE), maior acionista da Cetip, com 12% do capital, e que é concorrente da CME Group, controladora da Bolsa de Chicago e sua concorrente direta no mercado de bolsas. A ICE é dona da Bolsa de Nova York (Nyse) e de diversas bolsas de derivativos e ações. “Como não vemos ICE e CME tornando-se sócias da mesma companhia, a BM&FBovespa pode negociar uma saída em dinheiro para a ICE e uma troca de ações para os minoritários”, diz o relatório do CS.

Citi estima sinergias de até R$ 2,9 bi

Em relatório, o Citibank  estimou que as sinergias obtidas com a fusão da BM&FBovespa com a Cetip poderiam variar entre R$ 1 bilhão e R$ 2,9 bilhões, o que representaria de 3% a 9% do valor de mercado da nova empresa. Na parte de redução de equipes e de estrutura interna, a fusão permitira uma economia de R$ 300 milhões a R$ 1,5 bilhão. Já em benefícios fiscais, o ganho pode variar entre R$ 700 milhões e R$ 1,4 bilhão.

Para o Citi, a BM&FBovespa pode optar por vender mais uma parte das ações da CME para levantar o dinheiro que falta para completar os R$ 5 bilhões para a compra. Hoje, a bolsa ainda tem 4% das ações da CME cujo valor estaria em R$ 4,9 bilhões. Seria uma alternativa pois, se for levantar todo o valor em empréstimos no mercado, a alavancagem da nova empresa ficará muito alta, equivalente a 3,1 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida ou Ebitda), um número alto para uma empresa de mercado.

 

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