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IPP: inflação mensal medida na porta das fábricas desacelera e sobe 1,77% em Outubro de 2015

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De acordo com o Instituto de Pesquisa de Geografia e Estatística (IBGE), em outubro de 2015, os preços coletados nas indústrias de transformação variaram, em média, 1,77% quando comparados a setembro de 2015. Este número é inferior ao observado na comparação entre setembro e agosto de 2015 (2,99%). Com isso, o acumulado no ano fica em 9,67%. O acumulado nos últimos doze meses foi de 10,90%.

Entre o décimo e o nono mês do ano, dezessete das vinte e quatro atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram variações positivas de preços, contra vinte e duas do mês anterior. As quatro maiores variações observadas em outubro de 2015 se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: bebidas (9,62%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (4,31%), madeira (-3,27%) e produtos de metal (3,02%).

Confira a performance de todos os grupos de indústria avaliados pelo IBGE em 2015 para elaboração do IPP

Na comparação entre outubro de 2015 e setembro de 2015 os itens que mais exerceram influência sobre a valorização do IPP foram: alimentos (0,54%), outros produtos químicos (0,31%), refino de petróleo e produtos de álcool (0,28%) e bebidas (0,28%).

A seguir, são analisados detalhadamente esses sete setores que, no mês de outubro de 2015, encontravam-se entre os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor por apresentarem grande variação acumulada na comparação com o mês anterior:

 

Alimentos

Em outubro de 2015, a variação de preços dos produtos alimentares foi de 2,79%, na comparação com setembro de 2015. Este resultado, próximo da metade do observado em setembro (5,47%), elevou o acumulado no ano para 13,21%, resultado que é o maior desde dezembro de 2012 (14,86%), ou seja, de 2012 em diante, o resultado atual só é menor do que um anual (de 2012).

Os quatro produtos de maior influência no resultado mensal tiveram influência de 1,87% (em 2,79%), sendo que estes produtos são ligados à produção de soja (“resíduos da extração de soja” e “óleo de soja refinado”) ou à de cana-de-açúcar (“açúcar cristal” e “açúcar demerara, inclusive açúcar VHP”). Em termos de variação, os derivados de cana também estão entre as quatro maiores variações, mas os de soja não, substituídos por “carnes de suínos frescas ou refrigeradas” e “manteiga de cacau”. Todas as variações foram positivas, com exceção da observada em “açúcar demerara, inclusive açúcar VHP”, neste caso uma queda observada de forma generalizada entre as empresas produtoras, o que reforça a ideia de que foi um ajuste de mercado, influenciado, entre outras coisas, pelo mix de produção entre os açúcares e o álcool.

Como os produtos mais influentes estão restritos aos derivados de soja e cana-de-açúcar, vale dizer que os aumentos estão relacionados, no caso da soja, ao período de entressafra, à depreciação cambial e, ainda, ao maior embarque de grãos e óleos ao exterior. No caso do açúcar, o aumento da gasolina aumenta a demanda por álcool, que, por sua vez, reduz a oferta de açúcar. Além disso, a depreciação cambial também tem efeito sobre os preços em real do produto.

 

 

Bebidas

O setor teve um aumento de 9,62% em outubro de 2015, o maior aumento médio de preços ao produtor desde o início da coleta do IPP, e 9,21 pontos porcentuais acima do índice de setembro. Com esse índice, o setor acumula um aumento de 13,21% desde Janeiro/2015, e 12,94% desde Outubro de 2014. Isto é devido ao reposicionamento de preços para início do período de vendas de Natal.

Com exceção de água aguardente de cana de açúcar, os preços de todos os demais produtos variaram positivamente em outubro.

 

 

Madeira

Em outubro de 2015 os preços dos produtos de madeira apresentaram variação negativa de 3,27% na comparação com o mês imediatamente anterior, com todos os produtos investigados apresentando menores preços em relação ao verificado em setembro. O resultado de outubro foi a maior variação negativa da indústria geral neste tipo de comparação e a terceira maior taxa registrada entre os setores investigados.

 

 

Refino de petróleo e produtos de álcool

A variação mês contra mês anterior (outubro e setembro de 2015) neste setor foi de 2,77%, a terceira maior da série – a primeira, 4,51%, em janeiro de 2014, e a segunda, 2,93%, em dezembro de 2013.

Os produtos em destaque, em termos de influência, são aqueles que se destacam em termos de contribuição. São eles: “álcool etílico (anidro ou hidratado)”, “óleo diesel e outros óleos combustíveis”, “gasolina automotiva” e “naftas”.

 

 

Perfuraria, sabões e produtos de limpeza

O destaque para a evolução dos preços desta atividade deve-se a variação de 4,31% em relação a setembro de 2015.

Os produtos que mais se destacaram para a alavancagem da variação deste setor foram: sabões ou detergentes, exceto líquidos, dentifrícios, e sabonetes, exceto medicinais.

 

 

Outros produtos químicos

O cenário da indústria química dos produtos petroquímicos básicos e intermediários para plastificantes, resinas e fibras é ligado aos valores internacionais e aos preços da nafta, produto com sensível queda de preços entre dezembro de 2014 e março de 2015, mas com uma recuperação de preços entre abril e setembro deste ano (em outubro houve queda).

Além destes grupos também merece menção a própria fabricação de resinas e elastômeros, os quais tendem a seguir os patamares delimitados pelos preços internacionais e sofrem influência dos custos associados a energia, compra de matérias-primas e da cotação do dólar (depreciação do real frente à moeda americana em 59% nos últimos 12 meses).

Os produtos que mais subiram os preços foram: amoníaco, poliestireno expansível, soda ou potassa cáustica e sulfato de amônia ou uréia.

 

 

Produtos de Metal

Os produtos com maior influência sobre a variação mensal positiva foram ―latas de alumínio para embalagem, ―rolhas, tampas ou cápsulas metálicas, ferramentas intercambiáveis para máquinas manuais ou máquinas-ferramenta e pregos e semelhantes de ferro e aço, que influenciaram a variação de 3,02% em 3,07 pontos porcentuais, ou seja, a influência dos demais 21 produtos foi negativa.

A variação de 3,02% em relação ao mês anterior, é a maior variação mensal observada para os preços de produtos de metal, nos últimos doze meses. A variação positiva de preços observada pelo terceiro mês consecutivo tem sido fortemente influenciada pela valorização do dólar frente ao real ao longo do ano.

 

 

Entenda o Índice de Preços ao Produtor (IPP)

Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) tem como principal objetivo medir a variação média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no Brasil.

O IPP mensura a evolução dos preços de produtos de vinte e três setores da indústria de transformação. Cerca de mil e quatrocentas empresas são visitadas pelo IBGE para a pesquisa.

Os preços coletados ainda não apresentam a incorporação de impostos tarifas e fretes, sendo definidos apenas pelas práticas comerciais usuais. O instituto coleta, aproximadamente, cinco mil preços por mês.

Clique aqui e saiba mais sobre a inflação aferida na porta das fábricas brasileiras.

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