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Presidente eleito da Argentina diz que Dilma está "muito tranquila"

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Depois de conversar por cerca de meia hora com a presidenta Dilma Rousseff, o presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, afirmou, em entrevista à imprensa, que ela estava “muito tranquila” durante o encontro. A reunião com Macri foi o primeiro compromisso oficial de Dilma com alguém de fora do governo desde que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu aceitar o pedido de abertura de impeachment da presidenta, na última quarta-feira (2).

Segundo Macri, Dilma explicou a situação política brasileira a ele e disse que continuará trabalhando enquanto durar o processo, inclusive em questões do Mercosul.

“Depois de me explicar o que estava acontecendo com a situação política local, ela manifestou seu compromisso em trabalhar ativamente em retomar uma agenda do Mercosul. Ficou claro que são processos paralelos. Para mim está claro que, se o Brasil vai melhor, a Argentina vai melhor e vice-versa, por isso temos que trabalhar em conjunto 24 horas por dia, aconteça o que acontecer. O que está em jogo é criar melhores oportunidades para os brasileiros e os argentinos”, disse o presidente eleito, após ser recebido por Dilma no Palácio do Planalto.

Macri disse ainda que a tensão política interna no Brasil não diz respeito à Argentina e que confia na trajetória democrática do país. “É um tema que não nos diz respeito, é assunto do Brasil, mas confio plenamente nas instituições do Brasil. É um país forte, sólido, que demonstrou ao longo das últimas décadas uma consolidação sistemática de seu sistema democrático.”

Venezuela

O presidente eleito da Argentina disse que ele e Dilma estão preocupados com as eleições legislativas na Venezuela, marcadas para o próximo domingo (6), e com a defesa da democracia e dos direitos humanos.

Eleito no último dia 22 após derrotar o candidato da presidenta Cristina Kirchner, Macri anunciou que irá pedir a aplicação da chamada “cláusula democrática” do Mercosul para pedir a exclusão da Venezuela do bloco. Dilma já se manifestou contrária à proposta e disse que a aplicação da cláusula precisa de fatos, não pode ser usada baseada em hipóteses.

“Não sinto que tenhamos posições tão distintas. Ambos países, ambos dirigentes, ambas equipes de governo têm um compromisso irrefutável com a democracia, com a defesa dos direitos humanos e da liberdade. Vamos acompanhar o que vai acontecer dia 6, porque há uma enorme tensão na Venezuela. Esperamos que a democracia vença”, afirmou. “Há uma preocupação, que, claro, cada um expressa com seu estilo e sua maneira, mas, no fundo, compartilhamos os mesmos valores, isso não se discute”, acrescentou.

Posse na Argentina

Macri vai tomar posse na próxima quinta-feira (10) e Dilma vai acompanhar a cerimônia em Buenos Aires. No mesmo dia, os dois presidentes farão uma reunião bilateral em que voltarão a discutir a situação venezuelana, já diante dos resultados eleitorais de domingo. Segundo o presidente eleito, os dois governos vão começar a negociar uma visita de Estado de Dilma à Argentina, com a participação de ministros e de uma delegação de empresários.

O presidente eleito veio a Brasília acompanhado de comitiva que inclui o futuro chefe da Casa Civil do governo argentino, Marcos Peña, e a nova chanceler, Susana Malcorra. O embaixador da Argentina no Brasil, Luis Maria Kreckler, também participou da reunião no Palácio do Planalto.

Os argentinos foram recebidos por Dilma ao lado dos ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro; do embaixador do Brasil na Argentina, Everton Vieira Vargas; e do subsecretário-geral de América do Sul, Central e Caribe do Itamaraty, Paulo Estivallet.

De Brasília, Macri seguiu para São Paulo, onde terá agenda com empresários da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Editor Juliana Andrade

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