Com bancos e Petrobras, Ibovespa volta aos 39 mil pontos; Vale perde 2% e dólar recua para R$ 4,07

Por volta das 12 horas, o Índice Bovespa marcava 39.345 pontos, com ganhos de 1,87%. Desde manhã, o principal indicador acionário do país era impulsionado pelas ações dos bancos e da Petrobras, que registrou alguma instabilidade após o início do pregão. Os papéis preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco subiam 2,27%, seguido por Bradesco PN, 1,09%, pelas ações ordinárias (ON, com voto) do Banco do Brasil, 3,47%, e pelas units (recibos de ações) do Santander, 1,88%. Petrobras ON e PN ganhavam 4,29% e 3,04%, respectivamente.

Segundo comunicado da Petrobras, suas reservas provadas de óleo, condensado e gás natural recuaram 20% em 2015, para 13,27 bilhões de barris de óleo equivalente, contra 16,61 bilhões em 2014. O mercado também reflete hoje a decisão do Ministério da Fazenda de permitir que o trabalhador use a multa rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para empréstimos consignados, com parcelas descontadas diretamente no salário.

Da agenda local de indicadores, o Índice de Confiança de Serviços (ICS), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), avançou 2,8 pontos na passagem de dezembro para janeiro, atingindo 70,4 pontos. Essa é a segunda alta consecutiva do indicador. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) também subiu 2,6 pontos em janeiro e atingiu o maior patamar desde março de 2015. Além disso, a inflação dos produtos na saída das fábricas, medida pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP), fechou 2015 com uma taxa de 8,84%. Finalmente, a União, os Estados e os municípios fecharam 2015 com déficit de R$ 111,249 bilhões nas contas públicas. O défícit primário, receitas menos despesas sem considerar os gastos com juros, é o pior da série histórica iniciada em 2001 e o segundo resultado anual negativo seguido.

Destaques do Ibovespa

As maiores altas do Ibovespa eram de Estácio ON, 7,14%, Kroton ON, 6,90%, Rumo Logística ON, 5,08%, e Pão de Açúcar PN, 4,63%. Já as piores baixas do indicador ficavam com Vale PNA, 2,26%, Cesp PNB, 1,30%, Usiminas PNA, 1,16%, e Gerdau Metalúrgica PN, 1,01%. Vale ON também perdia 0,54%.

Exterior

No dia em que o Banco Central do Japão anunciou que adotará juros negativos para frear a volatilidade dos mercados e impulsionar a confiança dos empresários, os principais índices de ações internacionais marcavam ganhos. O chinês CSI 300 avançou 3,24%, mas ainda figura no seu pior nível desde a crise financeira de 2008, segundo levantamento da agência de notícias Reuters. O governo chinês garantiu hoje que não tem qualquer intenção de desvalorizar a sua moeda, o yuan, para incentivar as exportações, de acordo com o primeiro-ministro, Li Keqiang, em fala à diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

Na Europa, os investidores repercutiam o crescimento de 0,2% da economia francesa no último trimestre, contra os três meses imediatamente anteriores. Além disso, a inflação da região subiu 0,4% em janeiro, na comparação com o mesmo período em 2015, como o esperado pelo mercado. O Stoxx 50, que reúne as 50 ações mais líquidas do bloco, tinha alta de 0,80%, assim como o britânico Financial Times, 1,08%, o alemão DAX, 0,44%, e o francês CAC, 0,63%. No  mesmo sentido, no mercado futuro americano, o Dow Jones ganhava 0,66%, com o S&P 500, 0,64%, e o índice da Nasdaq, 0,52%.

Juro cai e dólar volta aos R$ 4,07

As taxas de juros futuros dos negócios válidos até 2017 caíam de 14,46% ao ano para 14,45%. Para 2018, as projeções passavam de 15,33% para 15,28%. No longo prazo, 2021 tinha taxas de 16%, ante 16,13% ontem. Pela manhã, o dólar comercial perdia 0,34%, cotado a R$ 4,07, enquanto o dólar turismo ganhava 0,70%, vendido a R$ 4,29.