O dólar comercial opera em alta hoje (20). Às 11h50, a cotação estava em R$ 4,0798. Mais cedo, por volta de 9h20, o dólar era vendido a R$ 4,0990, acima da cotação de fechamento desta terça-feira (19),  quando ficou em R$ 4,055.

O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, está em queda. Por volta das 12h, as perdas eram de 1,54%. Ontem, o Ibovespa encerrou o dia com alta de 0,28%. Várias ações tiveram ganhos. Mas o desempenho foi afetado pelas ações da Petrobras, que caíram pelo segundo dia seguido e ficaram no menor valor desde 2003.

Os papéis da Petrobras não subiram, apesar de a cotação do petróleo no mercado internacional ter registrado leve alta ontem. O barril do tipo Brent, negociado em Londres, encerrou a sessão com alta de 0,95%, mas continuou abaixo de US$ 30, em US$ 28,82. Hoje, no entanto, o preço do barril de petróleo Brent, para entrega em março, abriu em baixa no mercado de futuros de Londres, valendo US$ 28,19, com queda de 1,9%.

Nesta quarta-feira, as ações preferenciais (dão preferência na distribuição de dividendos) da petroleira estão entre as que registram maiores quedas do Ibovespa. Por volta de 11h50, essas ações caíam 4,51%. As ações ordinárias da Petrobras, que dão direito a voto na assembleia de acionistas, apresentavam queda de 3,41%.

O preço do petróleo também influencia hoje as bolsas europeias. Por volta de 8h30 em Lisboa, o Eurostoxx 50, índice que representa as principais empresas da zona euro, caia 3,17%, com 2.989,52 pontos. O índice PSI 20 seguia igualmente negativo, com desvalorização de 2,42%.As principais praças europeias apresentavam perdas: 1,96% em Londres e 3,27% em Paris.

No Brasil, as atenções do mercado financeiro estão voltadas hoje para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sobre a taxa básica de juros, a Selic. Ontem, uma nota do presidente do BC, Alexandre Tombini, com comentário sobre revisões de projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia brasileira fez com que analistas mudassem as apostas para a decisão do Copom de um aumento de 0,5 ponto percentual para alta de 0,25 ponto percentual ou até mesmo estabilidade da Selic em 14,25% ao ano.

Tombini disse que as revisões do FMI foram significativas e serão consideradas na decisão do Copom. O FMI aumentou a projeção de queda da economia brasileira, este ano, de 1% para 3,5%. Em 2017, a expectativa é de estabilidade, com a estimativa de crescimento zero para o Produto Interno Bruto (PIB). Em outubro do ano passado, o FMI projetava crescimento de 2,3%, em 2017.

*Com informações complementares da Agência Lusa