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Coreia do Norte testa bomba H; ONU faz reunião de emergência; China e Rússia condenam ação

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) convocou uma reunião de emergência para hoje, depois de a Coreia do Norte ter anunciado a realização, bem-sucedida, de teste com bomba de hidrogênio. A reunião, a portas fechadas, entre os 15 países-membros foi convocada pelos Estados Unidos e o Japão, informou a porta-voz da missão americana na ONU, Hagar Chemali.

O teste aumenta a tensão entre a Coreia do Norte e os países ocidentais e recebeu críticas até de seus potenciais aliados, como China e Rússia, o que tende a acentuar o isolamento do governo comunista de Pyongyang.  A notícia mexeu também com os mercados, que já estavam negativos por contados dados ruins da economia chinesa. O petróleo cai 4% e as bolsas da Europa recuam quase 2%.

Nessa quarta-feira, o governo coreano informou ter feito, com sucesso, o seu primeiro teste de hidrogênio, dando um passo significativo no desenvolvimento do programa nuclear. “O primeiro teste com bomba de hidrogênio da República foi realizado com sucesso às 10h [hora local] do dia 6 de janeiro de 2016, baseado na determinação estratégica do Partido dos Trabalhadores”, anunciou a televisão estatal.

Vários centros de atividade sísmica detectaram hoje um abalo no país, levantando-se, de imediato, a possibilidade de ter sido causado por um teste nuclear.

“Com o sucesso total da nossa histórica bomba H, juntamo-nos ao grupo dos Estados nucleares avançados”, anunciou o governo, acrescentando que o teste foi feito com um dispositivo em miniatura.

Dois dias antes do aniversário do líder

O teste foi encomendado pessoalmente pelo líder norte-coreano Kim Jong-un e ocorre dois dias antes do seu aniversário.

No mês passado, durante uma inspeção militar, Jong-un sugeriu que o país já tinha desenvolvido uma bomba de hidrogênio, apesar de o anúncio ter sido acolhido com ceticismo por especialistas internacionais.

A bomba de hidrogênio, ou termonuclear, usa a fusão nuclear numa reação em cadeia que resulta em explosão poderosa.

“O último teste confirmou que os nossos recursos tecnológicos, recentemente desenvolvidos, são precisos e demonstram cientificamente o impacto da nossa bomba H miniaturizada”, disse o apresentador de televisão, que transmitiu a mensagem do governo.

A realização efetiva do teste ainda precisa ser confirmada pela comunidade internacional.

Contra a política dos Estados Unidos

O regime norte-coreano afirmou que não é o primeiro a recorrer à bomba e indicou que continuará a desenvolver sua capacidade de ataque nuclear. “Enquanto persistir a política dos Estados Unidos contra a Coreia do Norte, não vamos parar de desenvolver o programa nuclear”.
O país já tinha feito três testes nucleares, em 2006, 2009 e 2013, o que lhe valeu sanções da ONU. Várias resoluções das Nações Unidas proíbem o governo norte-coreano de desenvolver atividades nucleares ou ligadas à tecnologia de mísseis balísticos.

Aliada China também criticou Coreia do Norte

A China, o principal aliado da Coreia do Norte, disse que se “opõe firmemente” ao teste nuclear de Pyongyang (a capital norte-coreana), acrescentado que o ensaio foi feito “apesar da oposição da comunidade internacional”.

“Apelamos fortemente à DPRK [Coreia do Norte] a respeitar o seu compromisso de desnuclearização, e a suspender qualquer ação que possa tornar a situação ainda pior”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying. Para a França, o teste nuclear é “violação inaceitável” das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Em comunicado, o governo francês pediu uma “reação forte da comunidade internacional”.

Europa e Rússia condenam teste

A União Europeia (UE) e a Rússia condenaram hoje o teste nuclear feito pela Coreia do Norte, que consideram grave violação das resoluções das Nações Unidas e do direito internacional. Se confirmado, o teste é uma “grave violação” das resoluções da ONU e constitui ameaça à paz e à segurança de toda a Região Nordeste da Ásia, declarou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.

O anúncio do teste nuclear pela Coreia do Norte, com uma bomba de hidrogênio, foi “violação flagrante do direito internacional e das resoluções da ONU”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Otan vê “retórica incendiária e ameaçadora”

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte – Otan -,  Jens Stoltenberg, condenou o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte, que classificou como uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas – ONU -, assim como a “retórica incendiária e ameaçadora” de Pyongyang.

Numa curta declaração divulgada em Bruxelas, Stoltenberg aponta que “os testes com armas nucleares anunciados pela Coreia do Norte minam a segurança regional e internacional” e instam as autoridades de Pyongyang a respeitarem integralmente as suas “obrigações e compromissos internacionais”.

O secretário-geral defende que “a Coreia do Norte deve abandonar as armas nucleares e os seus programas nucleares e de mísseis balísticos de uma forma completa, verificável e irreversível, e se empenhar em negociações credíveis e autênticas sobre a desnuclearização”.

Coreia do Sul vê “provocação”

Outros países criticaram a política da Coreia do Norte, entre eles os Estados Unidos, a China, Coreia do Sul, França e o Japão. A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, considerou o teste nuclear uma “grave provocação” e ameaça à segurança nacional. Ela pediu sanções internacionais “severas” ao país.

“O teste não é apenas uma grave provocação à nossa segurança nacional, mas também uma ameaça ao nosso futuro e um forte desafio à paz e estabilidade internacionais”, afirmou Park, durante reunião de emergência do Conselho Nacional de Segurança.
O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca, Ned Price, disse que apesar de ainda não poder confirmar as informações, o governo americano condena qualquer violação às resoluções do Conselho de Segurança da ONU. “Voltamos a pedir à Coreia do Norte que cumpra as suas obrigações e compromissos internacionais”. Os Estados Unidos, acrescentou Price, vão “responder adequadamente a qualquer provocação norte-coreana”.

Em Londres, o chefe da diplomacia britânica, Philip Hammond, também considerou o teste uma “provocação”, além de “grave” violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Em sua conta no Twitter, Hammond escreveu: “Se os relatos de um teste de bomba H da Coreia do Norte foram verdade, é uma grave violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e uma provocação que condeno sem reservas”.

Com Agência Brasil e agências internacionais.

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