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Estrangeiros tiraram R$ 4,3 bi da Bovespa em dezembro, maior resgate desde 2008

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Os investidores estrangeiros tiraram da Bovespa R$ 4,3 bilhões em dezembro, segundo dados da BM&FBovespa. Esse resgate líquido é o maior para um único mês desde outubro de 2008, auge da crise do subprime nos Estados Unidos, quando o saldo dos estrangeiros ficou negativo em R$ 4,685 bilhões.

Mas, apesar dessa saída elevada, o saldo de compras de ações por brasileiros no acumulado do ano ainda foi bastante positivo, R$ 16,387 bilhões. Foi o terceiro maior superávit anual de estrangeiros na Bovespa, atrás apenas dos R$ 20,596 bilhões de 2009 e dos R$ 20,342 bilhões de 2014.

Piora do rating ajudou na saída

A forte saída de estrangeiros em dezembro pode ser explicada pela piora acentuada das expectativas para o país, que culminaram com a perda do segundo grau de investimento, desta vez pela Fitch, no meio do mês. A Standard & Poor’s já havia tirado o selo de bom pagador do Brasil em setembro, desencadeando uma forte saída de recursos. O segundo rebaixamento também teve impacto, pois muitos investidores só aplicam em países que tenham grau de investimento em pelo menos duas agências. Após a Fitch, só a Moody’s ainda mantém o país como grau de investimento, mas isso também deve ser revisto, pois o país está com perspectiva negativa.

Por isso, a expectativa é com o comportamento dos investidores estrangeiros daqui para frente. Se o volume de saídas continuar crescendo, é sinal que o rebaixamento do rating terá efeito mais prolongado para o mercado. Mas a forte queda dos preços em dólar, de 41% no ano passado, tende a tornar os papéis mais atrativos, mesmo que para investidores estrangeiros mais especulativos.

Fatia de 52% dos negócios

A saída dos estrangeiros tem impacto no mercado porque eles representam mais da metade do volume negociado na bolsa brasileira. Em dezembro, a fatia dos estrangeiros foi de 51,1% e, no ano, de 52,8%. Ou seja, de cada R$ 100 em ações compradas ou vendidas no Brasil no ano passado, R$ 52,80 eram de estrangeiros.

Institucionais aumentam participação

A parcela dos investidores institucionais cresceu em dezembro, para 29,4%, superando a média do ano, que foi de 27,2%. Em parte, esse crescimento é natural porque muitos fundos de pensão ajustam suas carteiras, comprando e vendendo papéis de acordo com novas estratégias ou de acordo com o novo Índice Bovespa, que entra em vigor no primeiro dia útil do ano. Alguns fundos também participam da “puxadinha” de fim de ano, na qual tentam melhorar a performance de algumas ações, mas este ano os números mostram que, se houve tentativa de puxar o mercado, ela fracassou.

Pessoas físicas, volume mais baixo desde 1998

As pessoas físicas, por sua vez, ficaram ainda mais longe do mercado acionário em dezembro, representando apenas 11,9% do volume negociado. A média do ano foi 13,7%, o mesmo percentual de 2014, mas o menor desde 1998, quando atingiu 12,3% dos negócios. Queda nos preços, frustração com antigas estrelas do mercado como Petrobras, Vale e elétricas e traumas como o provocado por OGX afastaram as pessoas físicas da bolsa.

Já as empresas tiveram uma presença ligeiramente melhor este ano, com 1,3% do volume de negócios em dezembro e 1,2% no ano, acima do 1% de 2014 e 2014. O crescimento reflete o aumento das recompras de ações por parte de empresas.

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