Terminou de forma pacífica, na noite de hoje (26), a sexta manifestação organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento da tarifa do transporte público coletivo na capital paulista. O grupo de manifestantes se reuniu desde o fim da tarde em frente ao Parque da Luz, região central da cidade.

Mais cedo, a Secretaria de Segurança Pública divulgou um trajeto que havia elaborado para que os manifestantes seguissem da saída da Estação da Luz até a Assembleia Legislativa. Já o MPL havia divulgado que o trajeto não estava definido e que seria decidido em assembleia antes da passeata, durante a concentração do ato na região da Luz.


Protesto do Movimento Passe Livre contra o aumento da tarifa do transporte foi acompanhado por grande número de policiaisRovena Rosa/Agência Brasil

Os manifestantes decidiram seguir um trajeto diferente do previsto pela prefeitura, e o comandante da operação, tenente-coronel Cangerana, concordou com o novo caminho.

Durante toda a passeata, o policiamento foi ostensivo, com a presença da tropa de choque, força tática e a chamada tropa do braço, que atua nas manifestações paulistanas, além de viaturas ao longo de toda a manifestação.

Quando o ato chegou à Câmara Municipal, os manifestantes fizeram um jogral em que disseram não aceitar mais um aumento na tarifa, que segundo eles, só interessa aos empresários. O grupo também disse que a prefeitura está tentando aprovar uma licitação que segue o modelo já existente, tratando o transporte como mercadoria.

Convite
Em entrevista coletiva na manhã de hoje, o MPL convidou o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin para uma reunião aberta na próxima quinta-feira (28), quando também deve acontecer o sétimo grande ato contra a tarifa.


Manifestantes se concentraram em frente à Estação Luz e seguiram do centro até a Câmara MunicipalRovena Rosa/Agência Brasil

A previsão é que a manifestação saia do Largo Paissandu em direção à prefeitura, onde os ativistas esperam dialogar com os governantes.

No fim do ato de hoje, o MPL disse que “Haddad e Alckmin vão ter que explicar o aumento sem bombas e balas [de borracha]”, em referência à possibilidade de reunião.