Os investidores estrangeiros, que chegaram a retirar quase R$ 2 bilhões da Bovespa durante janeiro, aumentaram as compras no fim do mês e reduziram o saldo negativo para R$ 167 milhões até dia 29. A volta dos estrangeiros coincide com a retomada do Ibovespa, que chegou a cair para 37.497 pontos no dia 26, mas depois recuperou-se para fechar janeiro em 40.405 pontos.

O saldo de janeiro representa também uma melhora em relação à saída de R$ 4,310 bilhões de estrangeiros em dezembro, mas é o segundo consecutivo em que eles retiram dinheiro da Bovespa.

Volume de negócios cai 21% em janeiro e é o menor desde 2009

Mesmo com maior apetite estrangeiro no fim do mês, o volume negociado na bolsa brasileira segue em queda. Em janeiro, o volume médio ficou em R$ 5,244 bilhões, queda de 20,9% sobre dezembro. Essa média é a menor desde 2009, quando ficou em R$ 5,286 bilhões por dia. Em dólares, a queda de janeiro foi ainda maior, para US$ 1,295 bilhão, ou 24,4%.

Em fevereiro, o volume negociado melhorou um pouco, para R$ 5,751 bilhões, ou 9,% de crescimento em reais.

Queda do volume no ano é de 28,1%

Mesmo assim, a média no ano está em R$ 5,270 bilhões por dia, 28,1% inferior à média negociada diariamente em 2015, de R$ 7,332 bilhões, também a menor desde 2009. Em dólares, o volume médio do ano está em US$ 1,302 bilhão, um recuo de 37,1% sobre os US$ 2,069 bilhões da média de 2016.

Maior fatia de estrangeiros

Os estrangeiros continuam mandando no  mercado brasileiro, com 53,9% do volume negociado em janeiro, acima dos 52,8% da média do ano de 2015. Ou seja, de cada R$ 100 em ações compradas ou vendidas no Brasil, R$ 53,90 eram de estrangeiros.

Já os institucionais, como fundos e seguradoras, responderam por 26,3% do volume. As pessoas físicas ficaram com 14,1% do volume de janeiro, ante 13,7% na média do ano passado. Empresas responderam por 1,1% do volume e instituições financeiras, 4,5%, menos que os 1,2% e os 5,1% da média do ano passado.