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Itaú tem lucro de R$ 26,2 bi em 2015, crescimento de 19,6%; retorno atinge 24,8% graças a ganho fiscal

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O Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) fechou o ano de 2015 com um lucro líquido de R$ 26,2 bilhões, o que representa um crescimento de 19,6% sobre o ganho de 2014, de R$ 21,9 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 24,8%, superior aos 24,3% do ano anterior.  Apesar do bom desempenho, o maior banco privado brasileiro teve um aumento expressivo das perdas com crédito e sua carteira de empréstimos encolheu em termos reais. O lucro só não caiu por conta de compensações fiscais obtidas pela instituição após o aumento de impostos para o setor, que renderam R$ 3,921 bilhões. Até 2020, o banco teria mais R$ 46 bilhões a compensar.

O total de ativos do maior banco privado brasileiro atingiu em dezembro R$ 1,276 trilhão, 13% superior ao R$ 1,127 trilhão do ano anterior. A carteira de crédito somou R$ 548,5 bilhões, aumento de 4,2% sobre os R$ R$ 526,2 bilhões de 2014 e bem abaixo da inflação do ano, de 10,67%, o que mostra os efeitos da queda na atividade na demanda de pessoas e empresas por empréstimos e da maior cautela do banco em emprestar.

A ação preferencial (PN, sem voto) do banco tem o maior peso no Índice Bovespa.

Perdas de crédito cresceram 35%

Ao mesmo tempo em que a carteira de crédito teve queda real, as perdas com atrasos cresceram 35%, para R$ 21,3 bilhões em 2015, ante R$ 15,8 bilhões em 2014. As despesas operacionais também cresceram, 11,4%, para R$ R$ 52,4 bilhões, ante R$ 47 bilhões em 2014 e acima da inflação. As perdas foram anuladas pelas compensações fiscais, que garantiram ao Itau um ganho de R$ 7,9 bilhões, ante um pagamento de R$ 6,9 bilhões no ano anterior. Parte desse valor reflete o aumento da Contribuição Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que aumentou em 2015 e permitiu ao banco compensar uma parcela maior de provisões, contribuindo com R$ 3,921 bilhões para o resultado.

O Itaú teve também um aumento de ganhos com juros e rendimentos, de 23%, e na receita de prestação de serviços, de 11,8%, o que fez o chamado Produto Bancário, soma de tudo que o banco ganha, crescer 0,4% no ano passado, para R$ 92 bilhões, ante R$ 91,7 bilhões em 2014. Esse crescimento, porém, foi acompanhado de uma perda líquida títulos e derivativos e pela redução de ganhos com operações de câmbio e pelo efeito da queda do dólar sobre os ativos do banco no exterior.

A operação de seguros, previdência e capitalização também teve uma queda no resultado de 3,1% antes das despesas com sinistros e vendas, o que mostra retração na atividade no ano passado. O lucro líquido da Itaú Seguros caiu 6,2%, pelo impacto do fim antecipado do contrato com a Via Varejo no terceiro trimestre.

Crescimento em menores riscos no crédito

Na carteira de crédito, o destaque continuou sendo o aumento das linhas de menor risco para pessoas físicas, que puxaram o crescimento do segmento no ano, de 0,7%. O crédito consignado, descontado em conta junto com o salário, cresceu 12,1%, o crédito imobiliário, que conta com garantia e baixa inadimplência, aumentou 19,9%, enquanto outras linhas de maior risco diminuíram. Veículos, por exemplo, recuaram 30,9% sobre 2014, e cartão de crédito, 1,3%.

Já a carteira de pessoas jurídicas cresceu 0,8%, também com uma tentativa de redução de riscos. A parcela de crédito para pequenas  e médias empresas, mais sensíveis à crise econômica, caiu 1,8%, enquanto a de grandes empresas cresceu 1,9%. Somadas, pequenas e grandes empresas representam R$ 288,6 bilhões, ou 52,5% da carteira total de crédito do banco.

Maior participação da América Latina

As operações de crédito na América Latina tiveram forte crescimento, de 34,9%, encerrando 2015 com R$ 72,1 bilhões, ante R$ 53,5 bilhões em 2014. Boa parte desse aumento vem da desvalorização forte do real no ano passado, mas há também a operação de compra do colombiano CorpBanca e sua fusão com o Itaú Chile, o que permite ao banco operar nos mercados chileno, colombiano e do Panamá.

A fusão, aprovada pelas autoridades dos países no ano passado, criará o Itaú CorpBanca,  e deve ser concluída no primeiro semestre deste ano. A participação do banco no exterior deve se tornar cada vez mais importante no curto prazo, tendo em vista a expectativa de retração da economia brasileira por mais este ano.

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