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Fator vê aumento de risco para o investidor com cenário político

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Em meio ao vai e vem dos mercados por conta do cenário político, o investidor deve tomar cuidado, evitando tanto se deixar levar pelo otimismo exagerado, como o da semana passada, quando pelo pessimismo extremo de ontem, alerta Antonio Carlos da Rocha Conceição, diretor de Investimentos da Fator Administração de Recursos (FAR). Ele dá o exemplo do dia hoje, quando a bolsa abriu com queda diante da indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um ministério e comentários sobre mudanças na economia, com a saída do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

No fim da manhã, o índice voltou a subir, depois caiu e, no fim da tarde, está em alta de mais de 1%, com os boatos de que Lula seria pragmático, deixaria de lado o plano econômico do PT e indicaria Henrique Meirelles para o BC. “O mercado virou depois que percebeu uma chance de o Lula ser mais pró-mercado”, diz. Para ele, porém, mesmo que o ex-presidente influencie a política econômica da maneira como quer o mercado, a situação do país está muito ruim para apostar numa melhora rápida. “Nossa posição é reduzir riscos, pois o ambiente macroeconômico segue muito difícil”, diz.

A sugestão de Conceição é que o investidor fique na renda fixa pós-fixada e nos menores prazos possíveis, até que se tenha uma ideia de como ficará a política econômica desse terceiro governo Lula com a presidente Dilma Rousseff tutelada. “E, mesmo trabalhando com um cenário positivo, o Ibovespa já andou bastante, dos 38 mil pontos para 47 mil, não tem mais tanta gordura”, afirma. “Vamos ver os resultados também das políticas do governo, pois incentivar crédito para imóveis não adianta no momento em que as pessoas estão preocupadas se vão continuar empregadas”, diz.

Mesmo no caso de uma mudança de governo, que agora parece mais distante, as apostas do mercado estavam exageradas, afirma Conceição. O mercado estava muito otimista, como mostrava a projeção dos juros para janeiro de 2017, abaixo de 14% ao ano. “Se trocarem o governo e entrar um Armínio (Fraga, ex-diretor do Banco Central e cotado para ser ministro da Fazenda do candidato Aécio Neves), não tenho dúvida que ele vai subir esse juro”, explica.

Para Conceição, o mercado se precipita agora como se precipitou diante do enfraquecimento da presidente Dilma Rousseff e das denúncias envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provocando desgaste para o PT. “

O cenário externo também merece atenção, afirma o executivo. Os dados da economia americana estão vindo mais fortes e podem levar a um aumento de juros no segundo semestre que seria ruim para os emergentes e para o Brasil. “Houve uma desaceleração nos EUA por cota do inverno, mas o cenário pode mudar rapidamente”, diz.

Já a China está deixando os analistas da gestora “de cabelo em pé”, pois o país está tomando as mesmas medidas de estímulo adotadas pelo Brasil no primeiro mandato de Dilma, com desonerações fiscais e estímulos para determinadas áreas. “A solução vai acabar sendo desvalorizar a moeda chinesa, o que pode provocar um choque nos preços das commodities, com impacto direto no Brasil”, afirma Conceição.

Por enquanto, porém, a gestora está “surfando a onda” dos mercados, mas com cuidado pois “os ativos no Brasil estão ficando caros, a China preocupa mais e os Estados Unidos seguem crescendo”, diz.

No fundos de investimentos, Conceição destaca o fundo de crédito, que compra papéis de empresas e bancos. “Estamos bem mais cautelosos, pacientes na compra de papéis”, diz. Segundo ele, os pedidos de recuperação judicial de empresas tendem a aumentar com a recessão, o que eleva o risco de crédito. “Na bolsa, você tem mais liquidez para sair de um papel com facilidade, mas no crédito, não”, explica.

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