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“Há um vazio de liderança no campo conservador”, diz cientista político

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O cientista político e professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Fabiano Santos, disse que, apesar de bem representado no Congresso Nacional, há um vazio de liderança no campo político conservador do Brasil. Por isso, para ele, há um temor das forças partidárias de oposição ao governo do PT de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva permaneça como um ator político relevante e que concorra às eleições presidenciais em 2018.

“Acho que eles se sentem muito inseguros para enfrentar o Lula. Nas sondagens eleitorais passadas, nenhuma liderança mais importante tem aparecido como uma liderança, se beneficiando de todo esse desgaste institucional pelo qual o país e do governo de orientação centro-esquerda”, disse.

Para Santos, Lula ainda é uma liderança importante no campo popular e, mesmo depois das investigações envolvendo seu nome na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), não se sabe até que ponto ele pode ter sua imagem recuperada até as eleições de 2018. “Mas alijar o Lula do processo político é o sonho dourado da oposição conservadora”, disse.

Apesar da conjuntura política inconstante, para Santos, uma candidatura radical não deve ser bem sucedida. “Grande parte da população que foi às ruas [nas últimas manifestações] certamente é radicalizada à direita, então os nomes mais respeitados são do [juiz federal Sérgio] Moro [que atua na Lava Jato] ou do [deputado federal Jair] Bolsonaro. Mas nós ainda temos uma esquerda importante, e um grande centro, um eleitor mediano que não compra de forma alguma um discurso mais radicalizado e de anulação dos adversários”, explicou.

Santos foi um dos entrevistados pelo jornalista Luis Nassif no programa Brasilianas.org, que foi ao ar na noite de ontem (14) na TV Brasil.

O professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Rafael Mafei Rabelo Queiroz, disse que a Operação Lava Jato tem um foco de investigação bastante definido e que ela não é essencialmente jurídica, “embora aconteça sob forma jurídica”. “Pelo porte da operação, pela quantidade de pessoas envolvidas, a própria existência de uma força tarefa é algo que denota uma escolha da instituição em reforçar a atuação naquele segmento”, disse.

Segundo ele, qualquer investigação precisa ter um rumo e uma hipótese e eles não são essencialmente jurídicos. “Perseguir pessoas é algo que nenhuma atuação jurídica deveria mirar. […] Essa avaliação vamos poder fazer muito mais claramente a posteriori, no momento que a operação estiver terminada”, disse, quando questionada se a operação da PF teria como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O professor afirmou que a atuação do sistema de Justiça parece ser “um pouco” de mão dupla. Por um lado, existe o papel, principalmente do Supremo Tribunal Federal, de ver as regras a partir dos quais os conflitos podem ser processados e existe outro de, “advertida ou inadvertidamente, botar a lenha na fogueira. “Os fatos que alimentam, que fazem com que esse universo [político atual] seja tão volátil, em grande parte são produzidos pelo sistema de Justiça, pelas delações, pelas operações, pelos resultados das buscas, pelo que sabemos do que é divulgado dentro de um processo”, disse.

Apesar de concordar que o direito e a Lava Jato esteja causando essa agitação política, para Queiroz, a resposta para a operação não deve ser jurídica. “Porque qualquer saída vai ser demorada e isso não parece estar muito ao gosto dos atores políticos que estão envolvidos na operação.”

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