Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) do terceiro mês de 2016 apresentou oscilação mensal de 0,43%. Essa taxa de variação é 0,99 ponto porcentual menor que a valorização registrada no mês anterior (1,42%) e 0,81 ponto porcentual abaixo a taxa registrada em março de 2015 (1,24%). A inflação do terceiro mês de 2016 foi a menor variação mensal registrada para meses de março desde 2012, quando bateu 0,25%. No ano, o índice já acumulou 2,79% e nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula a taxa de 9,95%, ficando 1,91 ponto porcentual acima do índice anualizado em março de 2015, quando atingiu 8,04%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram desaceleração em comparação ao mês anterior: Alimentação e bebidas (de 1,92% para 0,77%), Despesas pessoais (de 0,93% para 0,70%), Saúde e cuidados pessoais (de 1,04% para 0,70%), Transportes (de 1,65% para 0,45%), Educação (de 5,91% para 0,67%), Habitação (de 0,40% para -0,52%), e Comunicação (de 0,91% para -0,51%).

Por sua vez, aceleraram: Artigos de residência (de 0,86% para 0,88%), com a taxa mais elevada entre os grupos, e Vestuário, variando de 0,14% para 0,44%.

Os itens que ganharam destaque de taxas mais elevadas em março de 2016 foram: Cigarro (3,26%), Motocicleta (2,85%), TV, Som e Informática (2,11%), Eletrodomésticos (1,89%), Artigos de limpeza (1,49%), Plano de saúde (1,06%), Ônibus urbano (0,76%) e Empregado doméstico (0,72%).

Variação de preços relacionados à Alimentação e Bebidas

Os alimentos obtiveram impacto de 0,20 ponto porcentual, mostraram significativa redução na taxa de variação, indo dos 1,92% de fevereiro para 0,77% em março. Vários produtos vieram com preços em queda, a exemplo do tomate (-19,21%) e da batata-inglesa (-4,61%). Contudo, os preços de alguns produtos continuaram em alta, como a cenoura (24,08%), as frutas (6,11%) e a farinha de mandioca (5,94%).

Variação de preços relacionados à Habitação

Quanto à energia elétrica, foi o item que, com queda de 2,87%, exerceu o impacto para baixo mais expressivo, -0,11 p.p. Este comportamento deve-se à redução na cobrança extra da bandeira tarifária, que, a partir de 1º de março, passou dos R$3,00, da bandeira vermelha, para R$1,50, da bandeira amarela, por cada 100 kilowatts-hora consumidos. As contas de energia de todas as regiões pesquisadas ficaram mais baratas, especialmente em Salvador, com queda de 5,85%. Em algumas regiões, entre elas Salvador, houve, ainda, queda no valor das alíquotas do PIS/COFINS.

Variação de preços relacionados à Transportes

O principal impacto individual ficou com os combustíveis (0,07 ponto porcentual), onde a alta foi 1,23%. O preço do litro da gasolina subiu 0,82%, com a região metropolitana de Salvador na liderança, com 5,45%, enquanto o litro do etanol ficou 3,20% mais caro, também tendo Salvador na liderança, onde o preço do litro atingiu 9,27%. No item ônibus urbanos, a variação de 0,76% resultou da pressão exercida por Goiânia, onde o aumento de 8,19% deve-se ao reajuste de 12,10% ocorrido em 6 de fevereiro; em Curitiba, cuja variação de 7,95% é atribuída ao reajuste de 12,00% em vigor desde o dia 1º de fevereiro, exceto nos dias de domingo, com reajuste de 66,67%; e em Recife, com variação de 1,56%, refletindo parcela final do reajuste de 14,28% de 19 de janeiro.

 

Variação de preços por Região

O maior índice regional foi o de Goiânia (0,67%). O menor índice foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,11%):

– O índice de preços aferido no Rio de Janeiro registrou alta de 1,62% em fevereiro e alta de 0,11% em março (diferença de variação de -1,51%).

– O índice de preços aferido em São Paulo registrou alta de 1,24% em fevereiro e alta de 0,44% em março (diferença de variação de -0,80%).

– O índice de preços aferido em Goiânia registrou alta de 1,21% em fevereiro e alta de 0,67% em março (diferença de variação de -0,54%).

– O índice de preços aferido em Porto Alegre registrou alta de 1,45% em fevereiro e alta de 0,66% em março (diferença de variação de -0,79%).

– O índice de preços aferido em Fortaleza registrou alta de 1,41% em fevereiro e alta de 0,57% em março (diferença de variação de -0,84%).

– O índice de preços aferido em Belo Horizonte registrou alta de 1,32% em fevereiro e manteve 0,52% em março (leve diferença de variação de -0,80%).

– O índice de preços aferido em Belém registrou alta de 1,45% em fevereiro e alta de 0,47% em março (diferença de variação de -0,98%).

– O índice de preços aferido em Curitiba registrou alta de 1,14% em fevereiro e alta de 0,55% em março (diferença de variação de -0,59%).

– O índice de preços aferido em Salvador registrou alta de 2,26% em fevereiro e alta de 0,23% em março (diferença de variação de -2,03%).

– O índice de preços aferido em Brasília registrou alta de 1,01% em fevereiro e alta de 0,19% em março (diferença de variação de -0,82%).

– O índice de preços aferido em Recife registrou alta de 1,82% em fevereiro e alta de 0,40% em março (diferença de variação de -1,42%).