Israel resgatou 19 judeus do Iêmen numa “complexa operação secreta”, anunciou hoje (21) uma agência oficial israelense, acrescentando que o grupo era dos últimos judeus no país em guerra.

Segundo a Agência Judaica, responsável pela imigração de judeus para Israel, cerca de 50 permanecem no Iêmen, onde optaram por ficar. Os judeus iemenitas são uma das mais antigas comunidades judaicas do mundo.

“Dezenove indivíduos chegaram a Israel nos últimos dias, incluindo 14 da cidade de Raydah e uma família de cinco de Sanaa”, indicou a agência em comunicado.

“O grupo de Raydah incluía o rabi da comunidade, que trouxe um pergaminho da Tora que se acredita ter entre 500 e 600 anos”, acrescenta a nota.

O Iêmen vive quadro de violência desde setembro de 2014, quando os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, entraram em Sanaa e obrigaram o governo internacionalmente reconhecido a fugir para o Sul.

Uma coligação liderada pela Arábia Saudita começou a bombardear os houthis em março do ano passado, mas os insurgentes continuam a controlar partes do país, incluindo a capital.

Os grupos extremistas Al Qaeda e Estado Islâmico têm ganhado terreno no Iêmen desde que os ataques aéreos da coligação começaram.

Segundo a Agência Judaica, mais de 51 mil judeus iemenitas imigraram para Israel desde que o país foi fundado em 1948.