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Máquina pública com eficiência privada, empresários preveem avanços com código de governança das estatais

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Com a proximidade do lançamento de um código nacional de governança corporativa para empresas estatais, que ganhou força após os escândalos na Petrobras revelados pela Lava Jato, empresários já veem o novo texto como uma oportunidade de mudança nas relações entre o setor público e privado no Brasil. O texto é esperado para o fim deste ano.

“A partir de agora, o país terá de desenvolver um novo padrão ‘ético’, governança (nas companhias e nos órgãos públicos) não é algo a ser encontrado, exige persistência e contínua repetição”, afirma o presidente do Conselho de Administração da Iochpe – Maxion, Dan Ioschpe, em evento realizado hoje pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), em São Paulo.

Eficiência de setor privado

Na visão de Ioschpe, a dinâmica da iniciativa privada, como parceira real dos projetos públicos, estará assegurada a partir do momento em que o governo buscar um caminho sustentável e viável. “(Com isso) já estaria fazendo enorme tarefa, apontando uma visão de longo prazo e qual caminho será perseguido”, diz. Para ele, essa ausência de planejamento, com ou sem falha ética objetiva, transformou-se em um dos principais problemas atuais do país. “Precisamos de um caminho adequado, com a certeza de que o arcabouço macro é compatível com crescimento sustentável, só isso já reduziria a participação do Estado em geral”.

No mesmo sentido, o presidente da CPFL Energia e presidente do Conselho de Administração da CPFL Renováveis, Wilson Ferreira Jr., lembra que o investidor não ‘se casa com o governo’, mas com pelo menos 7,5 governos em um projeto de infraestrutura de 30 anos, por exemplo. ”Se o governo não tiver uma boa visão de Estado para concessões para que não haja um desequilíbrio futuro, perde o empreendedor e perde o país, que terá mais dificuldades para atrair novos parceiros para aquele tipo de investimento”, explica.

Além disso, um dos fundadores e atual presidente do Conselho da Localiza, Salim Mattar, ressalta que o Estado pode e deve incorporar processos que já se mostraram positivos no setor privado, como o sistema de meritocracia para as carreiras, que pressupõe ”contratos de gestão, indicadores de desempenho, planos estratégicos, visão de curto, médio e longo prazo e visão de organização”, defende.

As regras do jogo

Para que uma “canetada” não coloque a perder os negócios locais de longo prazo, Ferreira ainda cita como essencial a estabilidade de regras de concessão, com uma melhora do marco regulatório, a exemplo do que ocorre no mundo todo. “Devemos respeitar as regras que atraíram determinado empreendedor, além de mudarmos nossa percepção de que os investidores são ladrões, trata-se de uma interpretação incompatível com o tamanho da nossa economia”, sugere.

Para o executivo da CPFL, os gargalos brasileiros em infraestrutura são, provavelmente, a principal oportunidade do país, mas “precisamos ter capacidade de atrair capital”, insiste. Ele critica também os casamentos dos mandatos das agências reguladoras, com partidos políticos. “As instituições de regulação não podem estar vinculadas ao governo, esses cuidados podem e devem ser feitos agora, a partir desses escândalos, em que aprendemos muitas lições e podemos corrigir nossos erros”, completa.

Práticas não republicanas

Contra as práticas corruptas, Ioschpe ressalta que a questão da ética não é ou será pacífica. ”Ela não cai do céu, é um dado da realidade, é uma construção e as companhias vão encontrar problemas em setores semelhantes, seja público ou privado”, afirma. Segundo ele, o esforço e aprimoramento do padrão ético deve estar em todos os setores, até pelo motivo de geração de valor e sustentabilidade dessa decisão. “Essa postura mais rígida nas relações privadas e públicas requer esforço, liderança, exercício e repetição dentro de uma estratégia de longo prazo”, finaliza.

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