A renda da mulher não é mais apenas um complemento no orçamento familiar, sua contribuição é fundamental e significativa, sobretudo nos lares onde é chefe de família. No entanto, com toda essa responsabilidade, as mulheres acabam descuidando quando o assunto é investimentos e segurança financeira.

Apesar de a relação delas com o dinheiro ser muito saudável e de também terem maior capacidade de planejamento e priorização, o principal desafio financeiro das mulheres é a formação de reserva para as emergências e para a aposentadoria.

E como mudar isso? Como as mulheres podem vencer esse obstáculo em um momento que torna ainda mais crítico o controle das contas? É dificil guardar dinheiro, uma vez que a renda disponível fica ainda menor com a pressão da inflação.

Seguem abaixo alguns pontos para orientar as mulheres na elaboração de um plano com o objetivo de construírem um colchão de segurança para seus compromissos atuais e futuros.

Estabeleça uma meta inicial

Para começar, é importante ter um número em mente. Multiplicando os gastos mensais por seis, obtém-se o valor mínimo da reserva para emergências. Com esse dinheiro você conseguirá manter a rotina da sua casa e da família caso tenha algum imprevisto.

Por exemplo, se seu gasto for de R$ 2.000, o recomendado é ter pelo menos R$ 12.000 aplicados em investimentos de baixo risco e com resgate diário para custear qualquer eventualidade.

Comece a planejar a aposentadoria

Outro número que precisa ser determinado é o quanto você vai precisar para se aposentar confortavelmente. Uma sugestão para se chegar a esse número é multiplicar por 12 os gastos mensais e dividir pela taxa líquida real anual dos investimentos. Para uma meta bem cautelosa eu utilizo a taxa de 2%. Mas, para não desanimar, você pode usar 4%.

Por exemplo, utilizando a renda mensal de R$ 2.000, o valor que você precisa pensar está entre R$ 600.000 (24.000 dividido por 4%) e R$ 1.200.000 (24.000 dividido por 2%). Esse valor não leva em conta nenhuma outra fonte de renda, portanto, é um valor bastante conservador.

 Expanda seus horizontes

É um engano ainda pensar que a mulher não pode ser mais arrojada nos investimentos. A mulher depois que reconhece o terreno onde está pisando, ou seja, que adquire informações e entende o risco que está envolvido, pode ser uma investidora mais ousada do que um homem. Vários estudos já confirmam que a biologia e a psicologia femininas contribuem para que sejamos bem sucedidas nas finanças.

É verdade, os homens pensam mais como investidores, estão sempre em busca de um grande negócio, arriscam mais.  Por outro lado, as mulheres pensam em poupar, ou seja, em economizar dinheiro simplesmente.

Elas também têm mais dificuldade com o horizonte de longo e de pensarem nelas próprias, pois os filhos e a família são fazem parte de suas rotinas diárias e vêm sempre em primeiro lugar.  

Assim sendo, para obter sucesso financeiro, o primeiro passo é sair da zona de conforto. Pesquise novas formas de investimentos além da caderneta de poupança de dos fundos DI. Há uma infinidade de produtos para escolher para você maximizar seus retornos, sem necessariamente se expor a muito risco.

 Concluindo

A situação econômica é a razão pela participação da mulher nos investimentos não ter avançado nos últimos anos. As perspectivas de futuro ainda são nebulosas. Porém, para conseguir segurança e conforto no presente e manter o padrão de vida ao se aposentarem, é necessário ter uma boa quantia aplicada. Um imóvel bem valorizado apenas não garante o futuro financeiro de ninguém.

Finalizando, é importante planejar as finanças e ter disciplina para resolver os problemas financeiros presentes. Portanto, também é muito importante se esforçar para perseguir as metas aqui sugeridas para não ter que continuar na batalha quando estiver se aproximando o tão esperado momento de aproveitar a vida.