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Uma leitura do mercado.

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Fevereiro foi mais um mês difícil lá fora, com grande volatilidade nos mercados financeiros globais e muita apreensão sobre o futuro. O PIB americano, por exemplo, foi divulgado, apontando para crescimento mais baixo, de 1%, deixando em aberto a próxima reunião do FED. Lembremo-nos que o BC americano iniciou um processo de alta dos juros no fim do ano passado, admitindo a hipótese de que o mercado de trabalho aquecido poderia indicar a volta da normalidade econômica, o que abria espaço para o aumento do juro. Depois desse dado de crescimento mais modesto, muitos analistas já passaram a admitir que essa tendência pode ser interrompida desde já, o que seria uma baita surpresa.

Mas o ponto que mais perturba continua sendo a China. Apesar de uma eventual melhora nos preços de algumas commodities, sobretudo o petróleo e o minério de ferro, há ainda muita insegurança em relação à economia do país. O BC de lá anda promovendo ajustes na política macroeconômica. Em fevereiro, o presidente do banco da China operou de boca, tentando acalmar os mercados, afirmando que não há intenção da autoridade monetária em criar controle de capitais no país, o que vem sendo uma grande preocupação. Mesmo assim, continuaram as desvalorizações sobre o yuan, que acabam deixando os investidores com a pulga atrás da orelha.

Assim sendo, a bolsa chinesa foi muito penalizada em fevereiro, renovando as quedas de janeiro. Também devemos destacar o tombo da bolsa japonesa, que perdeu mais de 8% no mês. Os juros negativos, praticados pelo BC do Japão, acabaram fortalecendo o iene (o que não faz muito sentido) e trouxeram muitas incertezas sobre a saúde econômica do país.

Cenário local

Internamente fevereiro foi de doer! Apesar da melhora nos preços dos ativos, com a bolsa subindo quase 6% e o dólar operando praticamente estável, as notícias foram todas de desanimar. A volta do recesso parlamentar coincidiu com as tentativas do governo de promover um ajuste fiscal. Todavia, a ideia de fazermos um superávit primário de 0,5% do PIB foi praticamente deixada de lado, uma vez que o Ministério da Fazenda pediu permissão ao Congresso para transformá-lo num déficit, que pode chegar a quase 1% do PIB.

Esse quadro fiscal fez com que a Moody’s nos retirasse o grau de investimento e, pior, nos deu um duplo rebaixamento, o que é algo inédito. Agora, não ostentamos mais selo de bom pagador de nenhuma das agências de risco importantes.

Para agravar, o quadro político ficou mais dramático, com a nova etapa da operação Lava-Jato, chamada de Acarajé. Nessa etapa, foi preso o marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica, o que põe mais pressão sobre o TSE, face as ações impetradas pelo PSDB pedindo a anulação da eleição presidencial de 2014. Sem contar que a possibilidade de impeachment ainda não foi totalmente afastada.

Resumindo, o quadro doméstico, agravado pela questão do zika vírus e suas consequências sobre a saúde pública, continua nebuloso e muito desafiador, com inflação e desemprego em alta.

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