A última semana de Abril foi marcada por um forte movimento de baixa do dólar ante o real brasileiro: queda semanal de 3,65%. O novo derretimento da cotação da moeda norte-americana foi puxado pelo grande entusiasmo dos investidores com a cada vez mais próxima saída de Dilma Rousseff da Presidência da República e com os entusiasmados rumores sobre como seria composto e, mais importante, sobre as prioridades de um eventual (e provável) governo Michel Temer. Outro fator que auxiliou a livre flutuação (para baixo) do dólar nos últimos cinco dias foi a não intervenção do Banco Central nos quatro primeiros dias da semana. Com isso, a divisa dos Estados Unidos emplacou a nona semana de desvalorização no ano (foram, ao todo, dezessete pregões até aqui).
Em 2016, após oitenta e um pregões, o dólar acumula uma queda de 12,86% ante o real. São trinta e seis pregões de alta contra quarenta e cinco de baixa. No ano passado, a divisa dos Estados Unidos fechou cotada a R$ 3,9470 para compra e a R$ 3,9480 para venda.
No mês abril, após vinte pregões, a moeda norte-americana acumulou uma desvalorização de 4,34%. Foram onze pregões de baixa contra nove de alta. No último pregão de março, o dólar fechara cotado a R$ 3,5935 para compra e a R$ 3,5963 para venda.
Variação diária do dólar na décima sétima semana de 2016
Data | Compra | Venda | Variação % | Variação |
29/04/16 | 3,4382 | 3,4401 | -1,64% | -0,0575 |
28/04/16 | 3,4959 | 3,4976 | -0,76% | -0,0267 |
27/04/16 | 3,5217 | 3,5243 | 0,15% | 0,0052 |
26/04/16 | 3,5186 | 3,5191 | -0,83% | -0,0294 |
25/04/16 | 3,5471 | 3,5485 | -0,61% | -0,0218 |
O dólar em 25 de Abril de 2016, segunda-feira
A moeda norte-americana encerrou em queda o pregão desta segunda-feira, cotado abaixo de R$ 3,55. A sessão foi marcada pela a ausência de intervenções do Banco Central e com investidores atentos aos possíveis nomes da equipe econômica de um eventual governo de Michel Temer.
O dólar em 26 de Abril de 2016, terça-feira
O dólar fechou em baixa nesta terça-feira, pelo segundo pregão consecutivo, após o Banco Central não anunciar qualquer intervenção sobre o mercado de câmbio, também pelo segundo dia seguido. Além disso, os investidores continuaram atentos à cena política do país, monitorando os próximos passos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado e a formação da equipe econômica de um eventual governo de Michel Temer.
Banco Central volta a dar refresco e dólar consegue emplacar segunda baixa consecutiva
O dólar em 27 de Abril de 2016, quarta-feira
A moeda norte-americana fechou com leve valorização ante o real nesta quarta-feira, com o Banco Central não anunciando intervenção no mercado cambial pelo terceiro dia seguido e com os investidores atentos à cena política no Brasil. Além disso, no exterior, o mercado de câmbio foi bastante influenciado pela decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano, de manter a taxa básica de juros nos Estados Unidos.
Mesmo sem ação do Banco Central (pelo terceiro dia seguido), dólar fecha em alta nesta quarta-feira
O dólar em 28 de Abril de 2016, quinta-feira
A cotação do dólar voltou a fechar em queda nesta quinta-feira, na quarta sessão seguida sem intervenção do Banco Central e em linha com o movimento da moeda norte-americana no exterior. Os investidores também foram influenciados pela cena política do país, aguardando os próximos passos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado.
Dólar volta a cair forte nesta quinta-feira, fechando abaixo de R$ 3,50
O dólar em 29 de Abril de 2016, sexta-feira
A moeda norte-americana encerrou o último pregão de abril em forte baixa, negociado abaixo de R$ 3,45. A forte desvalorização do dólar ocorreu a despeito da volta das intervenções do Banco Central (BC) no câmbio, tentando segurar o forte movimento de baixa e não obtendo sucesso. Foi a primeira ação do BC em toda a semana. Os investidores continuam entusiasmados com, a cada vez mais concreta, possibilidade de troca de governo: sai Dilma, entra Temer. E mais que isso, entusiasmam-se com o suposto plano de ajuste econômico e com a suposta equipe que deve gerir a economia brasileira nos próximos meses.