No aguardo das discussões sobre o impeachment pela Comissão Especial marcadas para sexta-feira, por volta das 11h45, o Índice Bovespa tinha baixa de 1,21%, para 48.450 pontos, pressionado pela cena política.
Com forte peso no indicador, entre as instituições financeiras, as ações preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco PN caíam 2,14%, como Bradesco PN, 2,46%, as units (recibos de ações) do Santander, 1,47%, e os papéis ordinários (ON, com voto) do Banco do Brasil ON, 1,69%.
No mesmo sentido, apesar da recuperação do petróleo no exterior, Petrobras ON recuava 0,20%, assim como suas ações PN, 1,02%. De acordo com reportagem do jornal “Valor Econômico”, a diretoria executiva da petroleira sabia já em 2014 “que a rentabilidade dos seus 59 maiores principais projetos em andamento seria reduzida em US$ 45 bilhões, ou R$ 165 bilhões ao câmbio atual, por causa de projeções otimistas adotadas nos cálculos”. O jornal “Folha de S. Paulo” informou também “que a presidente Dilma e a sua equipe decidiram reduzir o preço da gasolina e do diesel, de forma a criar uma agenda positiva para o governo”.
Mesmo com dados com fortes vindos da China, Vale ON e PNA caíam 1,31% e 1,63%, respectivamente. A mineradora reduziu hoje sua meta de investimentos este ano para US$ 5,5 bilhões, contra anteriormente definidos US$ 6,2 bilhões, segundo informações da agência de notícias Reuters.
CCR perde 3% e Marfrig sobe 3%
As piores quedas do Ibovespa estavam com CCR ON, 3,47%, Cemig PN, 2,78%, Copel PNB, 2,24%, e Pão de Açúcar PN, 2,19%. Já as maiores altas do índice ficavam com Marfrig ON, 2,99%, Qualicorp ON, 2,24%, Rumo Logística ON, 2,19%, e Cetip ON, 1,92%.
EUA e Europa têm leve alta; petróleo recupera 2%
Nos Estados Unidos, as bolsas refletiam a melhora da atividade no setor de serviços da China em março e aguardavam a divulgação a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) . O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) chinês passou de 51,2 para 52,2 pontos. Além disso, os pedidos de hipotecas americanas cresceram 2,7% na semana até 1º de abril, ante -1% na semana anterior.
Os investidores europeus ensaiam avanços, com a melhora dos preços do petróleo, dos dados chineses e os resultados da produção industrial alemã em fevereiro. As encomendas à indústria do país divulgadas ontem caíram 0,5% na base mensal, contra uma estimativa de -1,8%. No bloco, o Stoxx, dos 50 papéis mais líquidos da região, recuava 0,05%, seguido pelo alemão DAX, 0,35%. Enquanto isso, o britânico Financial Times tinha ganhos de 0,57%, acompanhado pelo francês CAC, 0,05%.
Após o Instituto de Petróleo Americano (API, na sigla em inglês) apontar ontem uma expressiva queda no volume dos estoques do petróleo bruto nos EUA na semana passada, de 4,3 milhões de barris, a commodity do tipo WTI, negociada em Nova York, recuperava 2,73%, para US$ 36,87, assim como o Brent, de Londres, que ganhava 1,98%, para US$ 38,62.
Juros seguem mistos e dólar bate R$ 3,70
Durante a primeira hora do pregão, as taxas de juros futuros para 2017 seguiam estáveis 13,80% ao ano. Para 2018, as projeções caíam de 13,69% para 13,64%. No longo prazo, 2021 marcava juros de 14,09%, contra 14,05% ontem. Com a continuidade da rolagem de 5,5 mil contratos por parte do Banco Central (BC) e sem leilões de swap reverso, o dólar comercial subia 0,48%, para R$ 3,70.