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IPP acumula variação de -1,17% nos três primeiros meses de 2016

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Em março/16, a variação acumulada no ano (entre janeiro de março) do Índice de Preços ao Produtor (IPP) atingiu -1,17%, contra 0,04% em fevereiro/16. De acordo com o Instituto de Pesquisa de Geografia e Estatística (IBGE) os preços coletados nas indústrias de transformação variaram -1,21% na comparação mensal. Nos últimos doze meses, o índice variou 5,25%.

Entre as atividades que no acumulado de 2016 obtiveram as maiores variações percentuais sobressaíram:  Indústrias extrativas (-9,23%), outros produtos químicos (-6,35%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,14%) e produtos de metal (4,93%).

Os setores que exerceram as maiores influências sobre a oscilação do Índice de Preços ao Produtor no ano foram: outros produtos químicos (-0,68 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,44 ponto percentual), Indústrias extrativas (-0,25 ponto percentual) e veículos automotores (0,19 ponto percentual).

Confira aqui a evolução do IPP

A seguir, estão as análises detalhadas esses seis setores que, no mês de março de 2016, exerceram grande influência percentual na composição da variação acumulada no ano:


Indústrias extrativas

Em março, depois de resultados negativos ininterruptos desde novembro de 2015, a variação contra o mês anterior foi de 6,56% (superior a que ocorreu em outubro de 2015, 2,04%). Mesmo com esse resultado positivo, tanto o acumulado no ano (-9,23%) quanto a comparação com o mesmo mês do ano passado (-20,17%) mantiveram-se com variações negativas. Com o resultado de março, o acumulado está próximo daquele do fechamento do ano de 2015 (-9,33%). Vale dizer que a atividade, com esses resultados, está listada entre os destaques em termos de todos os indicadores calculados na análise. O resultado positivo observado no mês se deve às variações em “óleos brutos de petróleo” e “minérios de ferro”, que, por sua vez, são negativas nas demais comparações.

 


Confecção de artigos do vestuário e acessórios

Os produtos do setor de confecção de artigos do vestuário e acessórios apresentaram, em março, um aumento médio de preços ao produtor da ordem de 0,35% em relação ao mês anterior, fevereiro, cuja variação positiva havia sido de 2,50% com relação a janeiro. O aumento de março foi o menor para o setor desde o início do ano, que mesmo assim acumulou, até março, um aumento de 5,14%, o que é superior ao que ocorrera no mesmo mês do ano passado (4,52%). Por fim, nos últimos doze meses, a variação foi de 3,56%. Os quatro produtos que mais influenciaram a variação no IPP do setor em março foram: “camisas, de malha, de uso masculino”; “camisas, blusas e semelhantes, de malha, de uso feminino”; “calças compridas, exceto de malha, de uso feminino”; e “calcinhas e/ou sutiãs, de malha”. A variação desses produtos representou 0,35 ponto percentual na variação de 0,35% do setor esse mês.


Produtos de metal

Em março, os preços do setor apresentaram variação negativa de -0,43% em relação ao mês imediatamente anterior, acompanhando o sinal da variação no índice das indústrias extrativas e de transformação. Destaca-se no mês a influência dos menores preços de “cordas, cabos e semelhantes de ferro ou aço, não isolados”. Outros produtos em destaque em março apresentaram variação positiva: “ferramentas intercambiáveis para máquinas manuais ou máquinas-ferramenta”, “artefatos de alumínio para uso doméstico, exceto para higiene e toucador” e “plaquetas para ferramentas”. Mesmo com a variação negativa no mês, os preços do setor acumularam no ano a quarta maior taxa das indústrias extrativas e de transformação (4,93%).


Refino de pe
tróleo e produtos de álcool

Os preços do setor, na comparação março de 2016 contra fevereiro do mesmo ano, variaram, em média, em -0,54%, com isso a variação acumulada até março foi de -4,19%, a terceira maior variação negativa no mês (indústrias extrativas, -9,23%; outros químicos, -6,35%). Na comparação com igual mês de 2015, a variação é positiva, 4,11%. O recuo de preços de “naftas” e “óleos lubrificantes básicos” foram destaques na variação negativa, contrabalançando as variações positivas de “gasolina automotiva” e “óleo diesel e outros óleos combustíveis”. Os dois últimos produtos têm o maior peso no cálculo do produto, somando quase 70%, logo, se conclui que as variações nos produtos com queda foram mais intensas, a ponto de compensar o peso destes produtos. Os quatro produtos de maior influência responderam por -0,55 ponto percentual da variação de -0,54%. A seleção desta atividade na preparação dessa nota deve-se ao fato de ela estar entre as quatro maiores influências no acumulado das indústrias extrativas e de transformação (ou da indústria geral, IG). Nesta perspectiva, as variações negativas são comuns aos três produtos derivados de petróleo (“óleo diesel e outros óleos combustíveis”, “naftas” e “querosenes de aviação”), contrabalançadas, em parte, pela variação positiva no preço do “álcool etílico (anidro ou hidratado”).

 


Veículos automotores

Em março, a variação média dos produtos do setor de veículos automotores foi de -0,26%, fazendo com que o acumulado no ano retrocedesse de 2,09%, em fevereiro, para 1,82%, em março. Na comparação com igual mês de 2015, os preços de março de 2016 estão 5,47% maiores que os de março de 2015, numa série que é decrescente desde janeiro de 2016 (7,14%). A influência de “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência” desponta como a mais expressiva, o que se justifica pela grande importância que o produto tem no cálculo do setor (peso de um pouco menos de 50%).


Outros produtos químicos

Os preços da indústria química registraram no mês de março uma variação negativa de 4,11%, (maior queda no setor, neste tipo de comparação, desde o início da série do IPP em janeiro de 2010), o que gerou uma variação acumulada de preços no ano de -6,35% e de 5,33% em 12 meses. Um ponto a ser destacado é que as principais variações, todas negativas excetuando “sulfato de amônio ou uréia”, ocorreram em produtos que não fazem parte dos que apresentam maior peso de cálculo (ver na coluna dos produtos listados como principais “contribuições”), o que não ocorre entre os de maior influência, onde apenas o “PEAD” não está nesta categoria; são eles “adubos e fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não-saturado” e “polipropileno(PP)”, todos os quatro produtos com resultados negativos no mês. “Amoníaco” é o principal insumo para a obtenção dos fertilizantes nitrogenados e tem apresentado queda de preços nos últimos meses (inclusive é um dos destaques de variação negativa), o que explica em parte os resultados para o produto “adubos ou fertilizantes à base de NPK”. O cenário da indústria química dos produtos petroquímicos básicos e intermediários para plastificantes, resinas e fibras é ligado aos valores internacionais, aos custos associados à energia elétrica, à compra de matérias-primas importadas, à cotação do dólar (desvalorização do real frente à moeda americana de 18,0% em 12 meses) e aos preços da nafta, produto com queda de preços entre outubro de 2015 e março de 2016; o que também explica em parte a redução dos preços no último mês. Interessante ressaltar que os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior representaram -2,62 pontos porcentuais no resultado de -4,11%; ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com -1,49 ponto porcentual, que é um dos destaques de variação negativa), o que explica em parte os resultados para o produto “adubos ou fertilizantes à base de NPK”. O cenário da indústria química dos produtos petroquímicos básicos e intermediários para plastificantes, resinas e fibras é ligado aos valores internacionais, aos custos associados à energia elétrica, à compra de matérias-primas importadas, à cotação do dólar (desvalorização do real frente à moeda americana de 18,0% em 12 meses) e aos preços da nafta, produto com queda de preços entre outubro de 2015 e março de 2016; o que também explica em parte a redução dos preços no último mês. Interessante ressaltar que os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior representaram -2,62 pontos porcentuais. no resultado de -4,11%; ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com -1,49 ponto porcentual.

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Entenda o Índice de Preços ao Produtor (IPP)

Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) tem como principal objetivo medir a variação média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no Brasil.

O IPP mensura a evolução dos preços de produtos de vinte e três setores da indústria de transformação. Cerca de mil e quatrocentas empresas são visitadas pelo IBGE para a pesquisa.

Os preços coletados ainda não apresentam a incorporação de impostos tarifas e fretes, sendo definidos apenas pelas práticas comerciais usuais. O instituto coleta, aproximadamente, cinco mil preços por mês.

Clique aqui e saiba mais sobre a inflação aferida na porta das fábricas brasileiras.

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