A reversão da crise econômica depende da contenção das incertezas e da recuperação da confiança de empresários e consumidores, informou o Banco Central (BC), no Boletim Regional, divulgado hoje (9), em Belém.

O BC lembra que a economia brasileira permaneceu em retração nos primeiros meses de 2016. E diz que a trajetória da economia segue condicionada pela baixa confiança das empresas e famílias.

Outro fator são as incertezas associadas a “eventos não econômicos”, termo que o Banco Central usa para se referir à crise política, com o processo de impeachment e a Operação Lava Jato. O documento cita, ainda, o desempenho desfavorável da indústria, das vendas do comércio e do setor de serviços não financeiros.

Desemprego

Esse contexto, diz o BC, exerce pressão sobre o mercado de trabalho, que prossegue em distensão, ou seja, com aumento do desemprego e redução dos rendimentos reais (descontada a inflação). O BC destaca que até o primeiro trimestre de 2015 as negociações exerceram pressões de custo na inflação. Agora, essas negociações passaram a incorporar o cenário de desaceleração da atividade interna e aceleração da inflação.

No cenário internacional, o BC destaca que o país deve se beneficiar de ganhos de competitividade propiciados pela evolução da cotação do dólar, bem como a expansão da demanda externa, resultante de recuperação de economias avançadas e emergentes.