A Gerdau (BOV:GGBR3) e (BOV:GGBR4) anunciou hoje um lucro líquido R$ 14 milhões de janeiro a março deste ano, 94,8% menor do que no mesmo período de 2015, um resultado definido como “pouco animador” pela XP Investimentos. Pressionado pelo aumento do custo de vendas e menor receita por tonelada, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) do primeiro trimestre totalizou R$ 930 milhões, uma baixa de 15,9% em bases anuais.

Na avaliação da XP, apesar da leve recuperação dos segmentos Brasil e aços especiais, o desempenho da companhia deixou a desejar. Em relatório enviado aos seus clientes, o analista Celson Placido detalha que as vendas de aço da siderúrgica no país cresceram 2% no período, ao passo que o volume de aço vendido nos Estados Unidos avançou 6%, contra o trimestre anterior. Ainda assim, ambos ficaram em patamares baixos, e as receitas ficaram praticamente estáveis. No caso dos aços especiais, o recuo do setor automotivo doméstico continuou prejudicando o segmento, que acabou equilibrado pela demanda significativa da América do Norte.

Placido cita ainda que o endividamento do grupo segue em níveis altos, cerca de quatro vezes a dívida líquida versus o Ebitda em dólar. Já a geração de caixa da empresa foi praticamente nula por causa do Ebitda menor e dos altos gastos com investimentos e juros. A XP disse permanecer cética em relação ao setor de siderurgia.

Acompanhe abaixo a trajetória do endividamento da Gerdau em 2015 e 2016:

Fonte: XP Investimentos