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Ataque a boate nos EUA deixa 50 mortos e é pior atentado desde o 11 de Setembro

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O terror e o radicalismo religioso voltaram a atingir os Estados Unidos, desta vez escolhendo como vítima a comunidade homossexual. O ataque de um atirador solitário resultou na morte de 50 pessoas na boate Pulse, em Orlando, na Flórida, no que já é considerado um dos maiores massacres da história Estados Unidos. Levando-se em conta o número de mortos, a tragédia na boate Pulse, na madrugada de hoje  só perde para os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, quando dois aviões se chocaram contra as Torres Gêmeas de Nova York. Além das mortes, o atirador deixou 53 pessoas feridas na casa noturna, que é voltada para o público LGBT e recebia cerca de 300 pessoas hoje. O homem, identificado como Omar Mateen, de 29 anos, filho de paquistaneses, foi morto a tiros pela polícia, após três horas de iniciar o massacre.

As informações do Itamaraty às 17 horas eram de que não havia brasileiros entre os mortos. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o ataque foi um ato” de terror e de ódio”. Não se sabe ainda se o atirador tinha ligações com organizações internacionais ou se agiu por radicalismo religioso ou homofobia. O homossexualismo é condenado pela religião islâmica. Segundo agências internacionais, o pai do atirador disse que o filho ficara revoltado ao ver dois homens se beijando em uma viagem a Orlando.

Homofobia, terrorismo e vendas de armas

O atentado deve retomar a discussão sobre a vulnerabilidade dos países aos ataques individuais, de radicais conhecidos como “lobos solitários”, ou pequenas células terroristas independentes, que escapam dos controles das agências de segurança dos governos, como ocorreu na França e na Bélgica. Levantará também o debate sobre o preconceito e a discriminação contra a comunidade LGBT, especialmente nos meios religiosos, e sobre a liberdade para se comprar armas pesadas nos Estados Unidos. O atirador usou uma pistola e um rifle que estavam devidamente registrados.

Sem considerar o ataque às Torres Gêmeas, o massacre de hoje superou ocorrido na Universidade Virginia Tech, em 2007, que deixou 32 mortos. Em entrevista à imprensa, o prefeito de Orlando, Buddy Dyer, disse que a cidade, um dos maiores centros turísticos dos Estados Unidos, está abalada, mas vai achar forças para superar os acontecimentos. “Nossa comunidade é forte. Precisamos ajudar uns aos outros para lidar com essa situação”, disse. “Hoje estamos lidando com algo que nunca imaginamos e é inacreditável”, acrescentou Dyer.

Organizado e bem preparado

Segundo o FBI, o atirador chegou à cena do crime de “forma organizada e bem preparado”.  Omar Mateen estava sendo investigado já algum tempo, informaram policiais à rede de TV ABC News. O massacre começou às 2h e terminou às 5h, com a morte de Mateen. Natural da cidade de Porto St. Lucie, na Flórida, e filho de paquistaneses, Mateen tinha 29 anos, trabalhava como guarda de segurança e era cidadão americano.

O governador da Flórida, Rick Scott, disse, em entrevista, que as investigações “ainda estão nos estágios iniciais” e que, portanto, ainda não é possível determinar com certeza a causa do ataque. “Vamos determinar oficialmente se é um crime de ódio ou um incidente de terrorismo ou mesmo se se trata de um crime violento, quando tivermos com todos os fatos levantados”, disse.

Licença para as armas

Autoridades policiais, no entanto, mantêm a versão de que Mateen era um fanático que agiu inspirado na ideologia islâmica radical. Segundo os policiais, o atirador morava com sua irmã e o cunhado. Um banco de dados do estado da Flórida informou que Mateen tinha duas licenças de armas de fogo e uma licença de agente de segurança. As licenças iriam expirar em setembro de 2017.

Armado com um rifle e uma pistola, Matten atirou contra os frequentadores de clube noturno, na área central da cidade. Depois de um período em que tentou negociar com o atirador, a polícia decidiu entrar no local e atirou no homem. Após o episódio na boate, foi declarado estado de emergência na Flórida e em Orlando.

Assassino sorria enquanto atirava, segundo testemunhas

O jornalista brasileiro Rodrigo Lins, correspondente do site Só notícia boa nos Estados Unidos, está fazendo a cobertura do massacre na boate Pulse, em Orlando, na Flórida, desde que soube do incidente, na madrugada de hoje. Segundo ele,  “rádios locais estão divulgando a informação de que o atirador estava sorrindo enquanto atirava nas pessoas”, segundo Lins.

O jornalista disse que as autoridades americanas especulam que o ataque tenha sido um atentado homofóbico, pois a boate era voltada para o público gay. Em conversa com a Agência Brasil por telefone, o jornalista disse que conseguiu entrar na área, como jornalista correspondente, e acompanhou o trabalho policial e as coletivas de imprensa durante o dia. Sobre a entrada de um homem armado na boate ontem, que pode ser entendida como uma falha na segurança do local, Lins afirma que em Orlando não é comum revistar pessoas nas entradas de shows e casas noturnas.

“Aqui em Orlando, por ser uma cidade provinciana e turística, não há o hábito de fazer revistas na entrada de boates. Eles só checam se as pessoas são maiores de idade, por isso o atirador conseguiu entrar armado”, relatou o correspondente brasileiro. O jornalista disse estar surpreso por ver como a população de Orlando, rapidamente, se mobilizou para lidar com o problema: “É interessante como eles têm a capacidade de se ajudar neste momento. Estou impressionado com a mobilização que tomou conta das ruas”.

Obama cita o ódio

Em pronunciamento feito hoje, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o ataque que matou 50 pessoas e feriu 53 em uma boate gay, na cidade de Orlando, na Flórida, foi um ato” de terror e de ódio”.

“O FBI está investigando apropriadamente isso como um ato de terror. Vamos aonde quer que os fatos nos levem, o que está claro é que ele [o atirador] era uma pessoa cheia de ódio”, disse Obama.

O presidente afirmou que o massacre poderia ter ocorrido em qualquer comunidade dos Estados Unidos e disse que “este é um dia especialmente doloroso para os nossos amigos que são gays, lésbicas, bissexuais ou transgêneros”.

Obama foi informado sobre o massacre na manhã de hoje por várias autoridades, incluindo o diretor do FBI, James Comey, e por sua assessora de segurança Lisa Monaco. O presidente dos Estados Unidos determinou que as bandeiras americanas sejam hasteadas a meio mastro em homenagem às vítimas do massacre. “Estamos com o povo de Orlando que sofreu um terrível ataque à sua cidade”, disse.

Presidente defende controle de armas

“Este massacre é, portanto, mais um lembrete de como é fácil para alguém colocar as mãos em uma arma que possibilita atirar em pessoas em uma escola, em uma casa de culto, ou em um cinema ou em uma boate”, afirmou Obama. “Nós temos que decidir se esse é o tipo de país que queremos ser”, acrescentou o presidente norte-americano, numa referência aos esforços que tem feito para que o Congresso dos Estados Unidos – que tem maioria do Partido Republicano, de oposição – aprove uma legislação de controle de armas.

Obama disse ainda que a boate de Orlando é mais do que apenas uma casa noturna. É “um lugar de solidariedade e empoderamento [para a comunidade gay]“, disse o presidente dos Estados Unidos.

“Esse é um lembrete de que os ataques a qualquer americano, independentemente de raça, etnia, religião ou orientação sexual, são um ataque contra todos nós e sobre os valores fundamentais da igualdade e dignidade que nos definem como um país”, afirmou.

As informações são da Agência Brasil.

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