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Fitch vê empresas brasileiras “contra o muro” por dívida alta e caixa baixo

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As empresas brasileiras continuarão ‘contra o muro”, enfrentando uma crise de fluxo de caixa, sem recuperação significativa este ano, avalia a agência de risco Fitch. Em relatório enviado aos clientes, a Fitch diz que grandes incertezas políticas, menor confiança do consumidor, preços baixos das commodities e limitadas opções de financiamento continuam a enfraquecer a atividade econômica e a qualidade de crédito A confiança do consumidor e da indústria parou de cair nos últimos meses, diz a agência, que acredita que, se as taxas de desemprego também se estabilizarem, em 2017 a deve aumentar e a economia pode voltar a crescer, dizem os analistas Debora Jalles e Ricardo Carvalho.

Para a Fitch, a capacidade do presidente interino Michel Temer conduzir mudanças em meio au ma projeção de queda de 3,8% do PIB pode ser afetada pelo ambiente altamente politizado do país. A agência lembra que sete dos ministros da nova gestão são citados nas investigações da Operação Lava Jato.

Mais gastos com juros

Já com relação ao fluxo de caixa das companhias, a Fitch acredita que eles continuarão pressionados pela baixa demanda, preços das commodities menores e juros mais altos. Os pagamentos de juros devem representar de 35% a 40% do fluxo de caixa operacional das companhias em 2016, ante uma média de 24% de 2011 a 2014. Os investimentos devem permanecer baixos diante do perfil em geral já alavancado das empresas e dos baixos índices de utilização da capacidade instalada. Os setores de proteína animal, celulose, alimentos, mídia e telecomunicações estariam mais bem posicionados para enfrentar a “tempestade”.

Alavancagem alta

A alavancagem das empresa vai continuar alta, afirma a Fitch, e deve se deteriorar ainda mais em 2016. A mediana da alavancagem líquida dos emissores de papéis brasileiros foi de 3,1 vezes a geração de caixa descontada em 2015. Já as taxas de inflação e de juros tendem a cair nos próximos 18 meses, o que vai gradualmente melhorar também o perfil de endividamento das empresas.

Segundo a Fitch, a piora da liquidez das empresas brasileiras está ligada a um fraco fluxo de caixa operacional e a mercados de crédito limitados, que vêm aumentando os riscos de refinanciamento. Para a agência, uma política econômica mais ortodoxa e a percepção de gradual recuperação econômica devem estimular os empréstimos por parte dos bancos privados, reduzindo os riscos de refinanciamento, que se tornaram elevados para os grandes emissores.

Saída é captar no exterior

O retorno ao mercado internacional de títulos, após dez meses de paralisação, pode representar também importante fonte de refinanciamento para emissões de grandes empresas ou de setores mais favoráveis, como de proteínas.

Uma melhora de rating para 15 rebaixamentos

A agência estima que, para cada melhora de rating este ano, devem ocorrer 15 rebaixamentos. Excluindo os relacionados ao risco-país, a proporção seria de 10 para um, muito acima dos 4,4 rebaixamentos para 1 melhora de 2015 e da média de 0,5 rebaixamento para cada elevação do período de 2004 a 2014.

Segundo a Fitch, das empresas que acompanha, 64% receberam perspectiva negativa de nota de crédito, enquanto 5% estão com perspectiva positiva.

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