Ibovespa ensaia avanço com exterior mais frágil; Estácio bate 16% e dólar atinge R$ 3,61

Após abrir em queda, às 11h50, o Índice Bovespa subia 0,10%, para 49.059 pontos, sob pressão do mercado internacional refletindo indicadores mais fracos. Ainda assim, as ações preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco perdiam 0,88%, como os papéis ordinários (N, com voto) do Banco do Brasil, 0,91%. Já Bradesco PN tinha ganhos de 0,65% e as units (recibos de ações) do Santander, 0,23%.

Com o petróleo caindo mais de 1% lá fora, Petrobras ON e PN tinham recuos de 1,25% e 0,86%, respectivamente. Na contramão,Vale ON avançava 0,44% e Vale PNA, 0,83%. A mineradora subia apesar da informação do jornal “Valor Econômico” de que o governo do presidente interino Michel Temer planeja a substituição de Murilo Ferreira na presidência da companhia. O principal motivo, segundo a publicação, seria a proximidade de Ferreira com a presidente afastada Dilma Rousseff e seu ex-­ministro da Fazenda Guido Mantega.

Por aqui, o mercado também acompanhava a ligeira alta de 0,1% da produção industrial em abril. É o segundo resultado positivo consecutivo, pois em março o setor registou crescimento de 1,4%, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Estácio bate 16% com oferta da Kroton

As maiores altas do Ibovespa estavam com Estácio ON (BOV:ESTC3), 15,61%, Kroton ON 8,83% (BOV:KROT3), BR Malls ON (BOV:BRML3), 2,25%, e Multiplan ON (BOV:MULT3), 2,13%. As educacionais se beneficiavam da repercussão do fato relevante de que a Kroton estaria estudando “internamente e de forma sigilosa” a compra da Estácio. Na ponta negativa, as piores baixas do indicador brasileiro ficavam com Suzano Papel PNA (BOV:SUZB5), 1,74%, Localiza ON (BOV:RENT3), 1,30%, Weg ON (BOV:WEGE3), 1,28%, e CCR ON (BOV:CCRO3), 0,96%. A exportadora de papel Suzano caía mesmo com a valorização do dólar.

EUA perdem com indicadores e Europa recua com BCE; petróleo cai mais de 1%

Hoje, os investidores americanos repercutiam os dados dos pedidos iniciais de auxílio-desemprego da semana passada. Foram mil a menos do que no período anterior, para 267 mil benefícios até 28 de maio, menor que os esperados 270 mil. Além disso, o setor privado do país informou a criação de 173 mil vagas de emprego em maio, de acordo com a consultoria ADP, um pouco abaixo das aguardadas 175 mil. No mercado futuro, o Dow Jones tinha baixa de 0,39%, ao passado que o S&P 500 já operava com recuo de 0,45%, assim como o índice da Nasdaq, 0,28%.

Na Europa, a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter suas taxas de juros em mínimas recordes pressionava as bolsas na região para baixo, apesar de confirmar as expectativas dos analistas. A autoridade monetária projetou ainda avanço da inflação do bloco em 2016, de 0,1% em março para 0,2%, além de seguir com sua estimativa de 1,3% para para o ano que vem. O Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos da zona, registrava perdas de 0,21%, seguido pelo britânico Financial Times, 0,08%, pelo francês CAC, 0,32%, e pelo alemão DAX, 0,07%.

No dia da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre as estratégias de produção da commodity, o petróleo WTI, negociado em Nova York, perdia 1,65%, para US$ 48,20, seguido pelo barril do tipo Brent, de Londres, que recuava 1,21%, para US$ 49,12.

Juros curtos caem e dólar atinge R$ 3,61

Pela manhã, as taxas válidas até janeiro de 2017 caíam de 13,25% ao ano para 13,23%. Para 2018, os juros futuros passavam de 12,70% para 12,71%, enquanto as projeções para 2021 permaneciam estáveis a 12,78%. O dólar comercial, por sua vez, avançava 0,52%, para R$ 3,61 na venda, acompanhado pelo dólar turismo, com alta de 0,53%, vendido a R$ 3,75.