Resultado deverá refletir positivamente nas reservas nacionais e no PIB, trazendo também maior estabilidade ao mercado financeiro
Mais uma vez o desempenho das exportações superou o das importações na balança comercial do Brasil. O superávit registrado na quarta semana de julho foi de US$ 852 milhões, segundo informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. As vendas ao exterior ficaram 1% acima do mesmo período de 2015, que foi de US$ 813,8 milhões. O destaque foi a venda de semimanufaturados e manufaturados.
Com esse resultado, a balança comercial de julho acumula um superávit de US$ 3,851 bilhões e no ano acumula saldo positivo de US$ 27,503 bilhões.
O resultado da balança comercial só confirma a expectativa positiva do mercado para 2016 e o bom desempenho na economia brasileira no exterior. Analistas de instituições financeiras consultados pelo Banco Central (BC) voltaram a elevar sua estimativa para a balança comercial, que, segundo o Boletim Focus o Brasil, deverá fechar o ano acima de US$ 51 bilhões.
Segundo Alexandre Espírito Santo, economista da Órama Investimentos, o ajuste no setor externo brasileiro, que vem ocorrendo gradativamente, é muito positivo para esse momento de recuperação incipiente da economia. “Em vários momentos da nossa história, o comércio exterior marcou a virada do ambiente recessivo para o crescimento. Mesmo que tímidos, é o que os números parecem indicar”, explica.
Boas perspectivas, bons investimentos
Segundo a consultora da Órama, Sandra Blanco, os sinais de recuperação da economia brasileira, mesmo que tímidos, trazem a reboque boas oportunidades de investimentos. Com a retomada da produção industrial, o controle inflacionário e a perspectiva de queda nos juros, a projeção de volta de crescimento ainda este ano sugere um período de estabilidade e de riscos menores para o mercado financeiro.
“Com a melhora nas expectativas de recuperação da economia, o investimentos em ações deverão maximizar a rentabilidade das carteiras. Diante desse cenário, é interessante aplicar um percentual nessa classe de ativos, gradativamente e por meio de fundos. Podem ser fundos multimercado ou, de forma mais arrojada, nos fundos de ações”, aponta a consultora.