Após registrar crescimento marginal no mês anterior, o nível de atividade da economia brasileira voltou ao terreno negativo em maio deste ano. De acordo com o Banco Central (BC), o IBC-Br teve queda de 0,51% no quinto mês de 2016, na comparação com abril, após a realização de ajustes sazonais.

De acordo com os números divulgados pela autoridade monetária, o tombo da prévia mensal do PIB do BC, em maio deste ano, foi o maior desde janeiro de 2016 – quando foi registrada uma contração de 0,69% no nível de atividade do país.

Ainda segundo números do BC, a prévia do PIB registrou uma retração de 4,92% em maio de 2016 quando comparado com o resultado do mesmo mês do ano passado. Neste caso, a comparação foi feita sem ajuste sazonal – pois considera períodos iguais. Com ajuste sazonal, a queda, nesta comparação, foi de 5,32%.

No acumulado dos 12 meses até maio, ainda de acordo com os dados do banco central brasileiro, o indicador registrou contração de 5,51% (após ajuste sazonal). Sem ajuste sazonal, o tombo do PIB, em 12 meses, foi de 5,43%.

 

IBC-Br

O indicador do Banco Central é visto pelo mercado financeiro como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.

O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.