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Com alta persistente, IPCA põe em risco o corte dos juros pelo Copom

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A alta de julho de 0,52% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) veio levemente acima das previsões do mercado e confirmou a tendência de elevação da inflação observada no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) do mês passado. A pressão dos alimentos adiou o ciclo de desaceleração esperado pelos analistas e deve levar o Banco Central (BC) a esperar um pouco mais para dar início ao processo de corte dos juros básicos da economia, avaliam consultorias.

Na avaliação do Banco Fator, a persistente elevação do IPCA deve influenciar nos rumos dos juros básicos da economia. O Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter taxa Selic em 14,25% neste mês e pode dar sinais de que o corte nos juros deve acontecer mais tarde do que o esperado. A previsão vem alinhada com o comunicado da mais recente reunião, que indicou preocupação com a alta nos preços dos alimentos. “A inflação acima do esperado no curto prazo, em boa medida decorrente de preços de alimentos, pode se mostrar persistente”, disse o Copom.

Alimentos devem ditar ritmo inflacionário

A pressão exercida pelo grupo de alimentos foi um dos responsáveis pela aceleração de julho e a expectativa é de que ela deve influenciar a tendência de baixa esperada pelo mercado para os próximos meses. Para a corretora Rosemberg Associados, a queda prevista da inflação em 2016 tem tido dificuldades de se concretizar por conta das elevadas variações dos preços dos alimentos ao longo deste ano. Segundo a consultoria, esse cenário é um reflexo nos preços agrícolas do choque cambial observado no ano passado, além dos efeitos climáticos adversos e de problemas de safra neste ano. Segundo a Rosemberg, essa queda nos preços adiada influenciará o resultado final do IPCA em 2016, e pode fazer o índice superar a projeção da consultoria, de 7,2% de alta ao final do ano.

Já segundo o Fator, a expectativa para o segundo semestre do ano é de trégua na alta dos preços dos alimentos. A previsão vem baseada na deflação recente dos preços no atacado. O Índice de Preços no Atacado (IPA) agro, apurado na 1ª prévia do IGP-M de agosto, passou de +0,60% em julho para -0,36% em agosto. Para a Fator, o IPCA deve iniciar uma trajetória de desaceleração no acumulado em 12 meses ao longo deste ano, chegando a dezembro com uma taxa próxima a 7,2%. Para agosto, uma menor pressão dos alimentos devem devolver o índice para a faixa entre 0,35% e 0,40%.

Na avaliação da consultoria MCM, o alívio nos preços das passagens aéreas também deve ditar o ritmo de queda do IPCA nos próximos meses junto com os alimentos. Entre as principais altas esperadas, destacam-se o segmento de habitação, com o fim dos efeitos baixistas de energia elétrica, e de Educação por conta de aumentos de cursos sazonal. A MCM projeta um índice de agosto no intervalo de 0,30% a 0,40%.

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