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Comércio Varejista no Brasil: Todas as atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram forte retração anual em Junho de 2016

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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas do comércio varejista recuou 5,3% em junho de 2016, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando todas as atividades pesquisadas.

Os resultados, por ordem de maior contribuição na formação da taxa global, foram os seguintes: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,9%), móveis e eletrodomésticos (-9,7%); combustíveis e lubrificantes (-8,9%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,4%). Essas atividades respondem por mais de 80% da taxa global.

As demais atividades em quedas foram: tecidos, vestuário e calçados (-3,7%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-18,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-2,1%) e livros, jornais, revistas e papelaria, com recuo de 18,3%.

Com variação de -2,9% no volume de vendas sobre igual mês do ano anterior, o segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo exerceu a maior contribuição para o índice geral no mês de junho. Esta atividade mantém alta correlação com a evolução negativa da massa de salários real habitual. Em termos de acumulados, a taxa para os primeiros seis meses do ano foi de -3,6% e para os últimos 12 meses, de -3,4%.

O segmento de móveis e eletrodomésticos, com queda de -9,7% no volume de vendas em relação a junho do ano passado, responde pela segunda maior contribuição negativa na taxa global do varejo. Este resultado explica-se pelo menor ritmo de crescimento do crédito às famílias, além da queda da renda real. No acumulado do ano a taxa foi de -14,5% e nos últimos 12 meses, de -15,7%.

O segmento de combustíveis e lubrificantes, com variação de -8,9% no volume de vendas em relação a junho de 2015, exerceu a terceira maior influência na formação da taxa global do varejo. Em termos de desempenho acumulado no semestre, a taxa de variação foi de -9,8%, e nos últimos 12 meses, de -9,3%. O aumento de preços de combustíveis, acima do índice geral de inflação vem influenciando o comportamento do setor.

A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., com variação de -8,4% no volume de vendas em relação a junho de 2015, também exerceu o terceiro maior impacto negativo na formação da taxa do comércio varejista. Em termos acumulados, a taxa para o primeiro semestre do ano foi de -12,3% e para os últimos 12 meses, de -8,7%.

O segmento de tecidos, vestuário e calçados apresentou variação no volume de vendas de -3,7% com relação a igual mês do ano anterior. Embora os preços de vestuário estejam evoluindo abaixo da inflação geral, o desempenho do setor é negativo, porém, vale citar que a taxa registrada em junho é a menor do ano de 2016. Em termos de desempenho acumulado no semestre, a taxa de variação foi de -11,1%, e nos últimos 12 meses, de -11,3%.

O segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com recuo de 18,3% frente a junho de 2015, também influenciou negativamente o resultado global. Em termos acumulados, a taxa no semestre foi de -16,2% e nos últimos 12 meses, de -14,0%. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, destaca-se a influência da evolução da taxa de câmbio, com reflexo nos preços de alguns componentes eletrônicos importados, em especial, para microcomputadores e aparelhos eletrônicos.

A atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou recuo de 2,1% na comparação com junho do ano passado. A essencialidade dos produtos comercializados vem sendo pressionada pelo comportamento dos preços dos produtos farmacêuticos, que evoluíram acima da taxa geral de inflação nos últimos dois meses. No entanto, taxas acumuladas ainda permanecem no campo positivo: 0,2% no primeiro semestre de 2016 e 0,7% para os últimos 12 meses.

Embora com variação de -18,3% no volume das vendas, a atividade de livros, jornais, revistas e papelaria pouco impacto exerceu no resultado do total do varejo. No volume de vendas acumulado no primeiro semestre do ano, a variação foi de -17,0% e para os últimos 12 meses, -15,5%. A trajetória declinante desta atividade vem sendo influenciada, no que tange a jornais e revistas, por certa substituição dos produtos impressos pelos de meio eletrônico.

Comércio Varejista Ampliado

Ainda na comparação com igual mês do ano anterior, o comércio varejista ampliado registrou recuo de 8,4%, acumulando no semestre uma perda de 9,3% e no acumulado para os últimos dez meses, recuo de 10,1%. Mesmo com maior número de dias úteis em junho de 2016, o resultado do varejo ampliado vem sendo impactado pela redução do ritmo da atividade econômica, pelo aumento das taxas de juros e pela redução da renda da familiar.

O desempenho do varejo ampliado reflete, sobretudo, o comportamento das vendas de veículos, motos, partes e peças, que apresentou queda de -15,2% sobre junho de 2015 e taxas acumuladas de -13,7% nos seis primeiros meses e -17,1% nos últimos 12 meses.

O segmento de material de construção recuou 9,8% em volume de vendas na comparação com junho de 2015. Em relação às taxas acumuladas, os resultados foram: -13,0% no primeiro semestre e -12,4% nos últimos 12 meses.

Clique aqui para saber mais detalhes sobre a Pesquisa Mensal do Comércio realizada em junho de 2016.

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