Ibovespa abre em alta, próximo dos 59 mil pontos; dólar avança para R$ 3,25

Por volta das 11 horas, o Índice Bovespa registrava leves ganhos de 0,21%, para 58.734 pontos, em mais um dia de julgamento no Senado sobre o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

No horário, a bolsa brasileira era puxada para cima pelos papéis da Petrobras, impulsionados pela valorização do petróleo lá fora. As ações ordinárias (ON, com voto) e preferenciais (PN, sem voto) da petroleira subiam (BOV:PETR3) 2,11% e (BOV:PETR4) 2,49%. O barril do WTI, negociado em Nova York, tinha alta de 0,72%, para US$ 47,32, e o Brent, de Londres, de 0,55%, para US$ 49,53.

Entre os bancos, os papéis com mais peso no Ibovespa, Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) tinha tímido ganho de 0,06%, Bradesco PN (BOV:BBDC4) (BOV:BBDC4), 0,14%, e Banco do Brasil ON (BOV:BBAS12) (BOV:BBAS3), 0,76%. Na contramão, as units (recibos de ações) do Santander (BOV:SANB11) perdiam 0,39%.

Como reflexo da alta, mesmo que tímida, do minério de ferro na China, Vale ON (BOV:VALE3) (BOV:VALE3) registrava ganhos de 0,17% e Vale PNA (BOV:VALE5) (BOV:VALE5), 0,35%. A commodity ganhou 0,29% no exterior, para US$ 59,31 a tonelada.

No Brasil, os investidores repercutiam ainda a taxa de desemprego do trimestre encerrado em julho, que passou para 11,6%, subindo 0,4 ponto percentual em relação ao percentual do trimestre imediatamente anterior, de 11,2%. Os dados ficaram acima do esperado pela consultoria MCM, que projetava uma taxa de 11,4%, e das expectativas de mercado levantadas pela Bloomberg, de 11,5%.

Braskem sobe 5% e Estácio cai 2%

As maiores altas do índice ficavam com Braskem PNA (BOV:BRKM5) (BOV:BRKM5), 5,51%, Rumo Logística ON (BOV:RUMO3), 3,20%, Suzano Papel PNA (BOV:SUZB5) (BOV:SUZB5), 2,74%, e Gerdau Metalúrgica PN (BOV:GOAU4), 2,70%. Enquanto as piores quedas do indicador estavam com Estácio ON (BOV:ESTC3), 2,24%, Lojas Americanas ON (BOV:LAME4), 2,09%, Cesp PNB (BOV:CESP6) (BOV:CESP6), 2,01%, e Sabesp ON (BOV:SBSP3) (BOV:SBSP3), 1,86%.

EUA perdem; Europa ganha mais de 1%

No mercado americano, com as falas do vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Stanley Fischer, de que o ritmo de alta dos juros no país dependerá do fôlego da economia, as bolsas recuavam. Para ele, a economia está perto do pleno emprego, mas o crescimento ainda está fraco. O Dow Jones caía 0,32%, o S&P 500, 0,14%, e o índice da Nasdaq, 0,15%.

Já na Europa, os principais índices marcavam avanços de mais de 1%. O Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos da região, subia 1,28%, o francês CAC, 0,99%, e o alemão DAX, 1,24%. Já o britânico Financial Times perdia 0,19%. Por lá, o índice de confiança na economia do bloco caiu de 104,5 para 103,5 pontos em agosto, pior do que o esperado pelos analistas (104,1).

Juros longos sobem e dólar avança para R$ 3,25

Logo cedo, os juros futuros com vencimento em janeiro de 2017 caíam de 14,02% ao ano para 14,01%. Já para 2018, as projeções subiam de 12,78% para 12,84%, assim como as taxas válidas até 2021, de 12,08% para 12,16%. O mercado refletia a alta do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), de 11,49% nos últimos 12 meses. Em agosto, o IGP-M ficou em 0,15%, pouco abaixo do registrado em julho (0,18%). Com mais um leilão de 10 mil contratos de swap cambial reverso do Banco Central (BC), de US$ 500 milhões, o dólar comercial ensaiava avanços de 0,56%, para R$ 3,25 na venda, acompanhado pelo dólar turismo, 0,59%, a R$ 3,39.