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Privates voltam a recomendar ações para clientes; CRA ganha espaço de LCI

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Aumentou a procura de investidores de alta renda por ações. Segundo José Albino Winkelmann, responsável pela Comissão de Private Banking da Associação Brasileira das Entidades Financeiras do Mercado de Capitais (Anbima), depois da forte alta do mercado no primeiro semestre, mais investidores se mostram interessados por ações. “Antes o juro pré chegava a pagar 17% ao ano, aí não dava para competir com a renda fixa”, diz. Já hoje, com os juros longos com tendência de queda, a bolsa já começa a voltar a ser atrativa.

Segundo Albino, o mercado tem um “otimismo com cautela”, com maior apetite em diversificação em renda variável. Mas é preciso fazer uma seleção de papéis, pois muitas ações já andaram bastante.  E o investidor estrangeiro tem muita importância, pois ao entrar no mercado puxa a bolsa para cima. “E é essa a tendência”, diz o executivo. Ao mesmo tempo, é preciso muita cautela, pois o juro ainda está em 14% ao ano, a economia ainda está em recessão e a bolsa nada mais é do que perspectiva futura. “A questão é quanto disso, dessa melhora, está nos preços das ações hoje”, afirma.

Por isso, a recomendação dos privates tem sido aplicar em ações parte dos novos recursos que entram ou das operações que estão vencendo. “Ele lembra, porém, que a renda fixa ainda tem um ganho bastante elevado. “O Brasil segue atrativo para ações, mas se a inflação cair, como se espera, o juro real vai ser ainda maior”, observa. “Eu não enxergo uma corrida para renda variável, mas uma alocação gradual e pontual, pois as empresas ainda não vão apresentar resultados positivos no médio prazo”, avalia.

Sai LCI e LCA, entra CRA

O grosso das aplicações dos privates segue, porém, em renda fixa, e títulos públicos são o carro-chefe. Papéis incentivados também têm espaço, apesar de as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) terem sofrido uma queda significativa de oferta pela falta de operações para lastrear esses papéis. As LCI e LCA foram substituídas por Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), emitidos por empresas do setor. “O risco é corporativo, ou seja, não tem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito como as LCI e LCA, e os prazos são mais longos, mas os CRA são isentos de imposto também e têm uma taxa de retorno considerável”, afirma Albino. “Enquanto tivermos ofertas de empresas de baixíssimo risco, “triplo A”, a procura dos investidores deve seguir alta” explica.

Operações estruturadas

Também as notas estruturadas, os COE, cresceram, mas ainda são uma parcela pequena das carteiras dos private banks. Mas, para Albino, a  tendência é que essas operações estruturadas cresçam pois permitem aplicar em renda variável com diversos tipos de proteção, inclusive de principal. “Hoje, a maioria dos COE é feita para operações em dólar, para proteger uma operação de commodities ou uma remessa ao exterior no futuro”, afirma.

Privates sobem valor mínimo

Segundo Albino, o valor médio por cliente dos privates subiu no primeiro semestre deste ano pelo efeito dos ajustes dos bancos nos valores mínimos exigidos. Pela regra da Anbima, são considerados private clientes com mais de R$ 1 milhão para investir. Mas cada banco fixa seu mínimo e muitos estão elevando esse valor. “Temos casas com mínimo de R$ 2 milhões, R$ 5 milhões, até R$ 10 milhões ou mais”, diz Albino. Segundo ele, com o passar do tempo, as casas estão corrigindo esse valor para cima, “para dar um tratamento mais profissional e dedicado ao cliente”.

Já os clientes com R$ 1 milhão e R$2 milhões passam a ter atendimento pelos canais digitais de varejo de alta renda. “Ele não fica abandonado, e o setor está cada vez mais usando mais tecnologia, levando oferta por canais digitais”, acrescenta. Cada vez mais o cliente analisa as operações pelos meios digitais e só liga para o consultor para tirar dúvida. “Mas há diferenças, os mais velhos preferem os consultores e os mais novos os canais”, diz.

Menos consultores, mais certificação

O número de profissionais caiu, de 2 mil para 1.960, o que também deve ser um reflexo da concentração do mercado de private banking no Brasil, fruto de compras de bancos estrangeiros, como o HSBC pelo Bradesco. “Tinha cliente em dois bancos e acaba concentrando em um só”, explica. Do total de funcionários 72% já possuem certificação CFP, de planejador financeiro, concedida pelo IBCPF. “Esperamos cumprir nossa meta de chegar ao fim do ano com 75% dos profissionais certificados”, afirma Albino.

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