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Vale pretende emitir papéis no exterior com vencimento em 2026

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A Vale (BOV:VALE5) anunciou hoje que pretende emitir títulos no mercado internacional com vencimento em dez anos, em 2026. Segundo a empresa, os papéis serão usados para pagar os títulos que vencem no ano que vem. Segundo o banco suíço UBS, há um total de R$ 1,250 bilhão em papéis que vencem em 2017 e que pagam juros de 6,25% ao ano.

Se a empresa conseguir emitir os novos papéis com a taxa estimada pelo banco, de 6% ao ano, a Vale economizaria US$ 3,1 milhões em juros anuais até 2026. Dessa forma, a mineradora, além de reduzir seu custo de financiamento, alongará o prazo de sua dívida, avalia o UBS, aproveitando a enorme liquidez do mercado internacional provocada pelos bancos centrais da Europa e do Japão e dos juros negativos nessas regiões.

Segundo o banco, um papel da Vale que vence em 2022 pagava juros de 5% ao ano. Comparando com os papéis da concorrente Rio Tinto, a Vale pagaria um adicional de 0,75 ponto percentual e mais um prêmio, o que resultaria na taxa de 6% ao ano. A estratégia da empresa seria alongar os prazos antes de uma nova queda do preço do minério de ferro no segundo semestre, acredita o UBS.

Momentos difíceis para a Vale

A Vale enfrenta os desafios dos preços baixos do minério de ferro, que só devem se recuperar em 2017, por conta do desaquecimento da economia chinesa e das incertezas sobre a demanda de aço e pelo minério nos próximos anos, afirma a agência de classificação de risco Moody’s Investor’s, que deu nota Ba3 para os novos papéis a serem emitidos. Baixos preços do minério de ferro, de outros metais como cobre e níquel e do carvão por um período prolongado podem pressionar as métricas de crédito da Vale e sua geração de caixa, reduzindo sua habilidade para reduzir o endividamento.

A Moody’s diz que a nota de crédito reflete a expectativa de que, apesar das medidas da Vale para compensar as dificuldades com cortes de despesas e ajustes operacionais e da recuperação recente do preço do minério de ferro, uma melhora material das margens da mineradora e de sua geração de caixa só virá após a entrada em operação do projeto de mineração S11D, prevista para este ano, e que deve aumentar sua capacidade de produção em mais 90 milhões de toneladas de minério de ferro de alta qualidade e baixo custo. O impacto desse aumento de produção, porém, virá apenas em 2017.

Vendas de ativos

A agência de risco destaca que a Vale segue tomando medidas para reagir à crise, como a venda de ativos, mas o momento e a magnitude da venda desses ativos ainda são incertos, apesar de serem fundamentais para a empresa reduzir sua alavancagem. A Vale espera vender US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões em ativos este ano e mais US$ 10 bilhões no ano que vem. Hoje, a dívida da empresa representa 5 vezes sua geração livre de caixa ajustada (Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, Lajida ou Ebtida).

Problema da Samarco

Há ainda a incerteza sobre qual deverá ser o suporte dado pela Vale para sua subsidiária Samarco para compensar o acidente ambiental de Belo Monte. A Vale anunciou recentemente provisões de US$ 1,038 bilhão para cumprir o acordo com o governo para compensar as famílias e recuperar as áreas atingidas pelo rompimento da barragem em novembro do ano passado. E há a possibilidade de novos processos contra a empresa, lembra a Moody’s.

 

 

 

 

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