ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for charts Cadastre-se para gráficos em tempo real, ferramentas de análise e preços.

BCE mantem os juros negativos por mais tempo

LinkedIn

O Banco Central Europeu pratica três taxas de juros para os bancos de seu sistema. A taxa para as principais operações de financiamento, a taxa de empréstimo facilitada e a taxa sobre os depósitos que os bancos mantêm na instituição. Elas estão em 0%, a 0,25% e -0,4%. Assim, o banco que não emprestar dinheiro e o deixar no BCE, ele pagará 0,4% ao ano para o Banco Central. Além disso, o BCE vem comprando e continuará a comprar até março de 2017, um volume mensal de 80 bilhões de euros de títulos públicos e privados que estejam nas carteiras dos bancos. Juros negativos e forte emissão monetária deveriam, ao menos nem tese, pressionar a economia a crescer e evitar a queda de preços.

Essa estratégia, batizada por Milton Friedman como helicopter Money, de inundar as economias com dinheiro e, ao mesmo tempo, com juros muito baixos, deveria fazer com que os agentes não tivessem nenhum estímulo em manter dinheiro ou títulos em seu poder. Sem esse estímulo eles deveriam consumir (ou investir no caso das empresas). Com a demanda em alta, resultando dessa política expansionista, os preços deveriam parar de cair e a economia voltar a crescer, Mas veja o gráfico da inflação na união Europeia e na Zona do Euro:

Em 2009 ela caiu muito abaixo da meta do BCE, de 2% ao ano, e passou por um período de recuperação, de 2011 A 2013. Após isso, porém, os preços mergulharam novamente, ficando próximos de 0% ao ano desde o início de 2015. Tantos os preços ao consumidor, como os do atacado, despencaram pressionados pela valorização do euro em relação ao dólar e pela queda dos preços das commodities. Como esses preços pressionam os custos de produção para baixo, a inflação ficou “morna”. Como o desemprego continua extremamente elevado, essa inflação “morna” vira uma inflação muito baixa, ou uma deflação. Retirados os efeitos das quedas dos preços de energia, a inflação anual de agosto foi de meros 0,8%.

A grande resistência da economia europeia em reagir aos estímulos produziu um desemprego dantesco de 10,1%, que coloca milhões de desempregados em situação precária há anos. Veja a tabela da agência europeia de estatísticas (Eurostat):

O desemprego entre os jovens abaixo de 25 anos é de 50% na Grécia, 44%no Espanha e 40% na Itália, expondo a sociedade a problemas estruturais difíceis de serem removidos pela política monetária. A falta de dinamismo da economia vai minando a produtividade social, colocando o crescimento de longo prazo em patamares sempre menores. Como consequência, apesar da política agressiva de expansão do BCE, a economia ainda patina na estagnação. Veja as taxas de crescimento da região e dos EUA:

A última taxa de crescimento foi de 0,3% na Zona do Euro e está em desaceleração. Para a União Europeia (EU28) a situação não é muito melhor, com o crescimento em 0,4% e também em desaceleração.

Em função desse cenário pouco animador, é de se esperar que as taxas de juros por lá continuem onde estão por muito tempo. Levando em conta o fato de que a região configura a segunda maior economia do planeta e responde por 1/3 do comércio internacional, podemos esperar que o crescimento global continue pressionado para baixo com os impulsos gerados na Europa.

Comentários

  1. Tiago Leski diz:

    Com as medidas que devem ser alteradas não é feito nada a respeito, com a SELIC em 14,25% da até pra pensar em vender um rim metade do fígado a casa e investir na SELIC já que as única certezas que temos nesta vida é a morte a alma pro capeta e as dividas do governo brasileiro! Pois quanto mais endividado o País estiver mais títulos públicos vão ser emitidos para venda para gerar recurso pro governo ou melhor pro governo pagar suas contas, e com a alta da taxa SELIC atual quem não vai querer quebrar seus cofrinhos de porquinho rosa do Banestado e investir os tão suados cruzeiros e cruzados que tem mais algarismos do que valor nos tais títulos públicos?

Deixe um comentário