A Dívida Pública Federal do Brasil apresentou retração, em termos nominais, de 0,07%, passando de R$ 2.958,64 bilhões, em junho, para R$ 2.956,51 bilhões, em julho. A retração mensal de 0,07% entre junho e julho de 2016 deveu-se ao resgate líquido, no valor de R$ 31,57 bilhões, compensado, em parte, pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 29,44 bilhões.

De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF) divulgado pelo Tesouro Nacional, a dívida pública brasileira deverá encerrar o ano de 2016 entre R$ 3.100,00 bilhões e R$ 3.300,00 bilhões.

No mês de julho, as emissões da Dívida Pública Federal (DPF) corresponderam a R$ 68,68 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 100,26 bilhões, resultando em resgate líquido de R$ 31,57 bilhões, sendo R$ 33,48 bilhões referentes ao resgate líquido da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) e R$ 1,90 bilhão referente à emissão líquida da Dívida Pública Federal externa (DPFe).

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Dívida Pública Federal Interna

A DPMFi teve seu estoque reduzido em 0,20%, ao passar de R$ 2.837,87 bilhões, em junho, para R$ 2.832,15 bilhões, em julho, devido ao resgate líquido, no valor de R$ 33,48 bilhões, compensado parcialmente pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 27,76 bilhões.

As emissões de títulos da DPMFi alcançaram R$ 63,91 bilhões: R$ 46,95 bilhões (73,46%) em títulos com remuneração prefixada; R$ 10,01 bilhões (15,66%) remunerados por índice de preços e R$ 6,91 bilhões (10,81%) em títulos indexados a taxa flutuante. Do total das emissões, R$ 61,43 bilhões foram emitidos nos leilões tradicionais e R$ 0,67 bilhão nos leilões de troca, além de R$ 1,58 bilhão relativo às vendas de títulos do Programa Tesouro Direto e R$ 0,24 bilhão relativo às emissões diretas.

Nos leilões de LTN foram emitidos R$ 32,48 bilhões, com vencimentos entre abril de 2017 e julho de 2020, mediante pagamento em dinheiro.

Já nos leilões de NTN-B (títulos remunerados pelo IPCA) foram emitidos títulos no valor total de R$ 8,92 bilhões com vencimentos entre maio de 2021 e de 2055, dos quais R$ 8,25 bilhões mediante pagamento em dinheiro e R$ 0,67 bilhão em troca por títulos com prazos mais curtos. Nos leilões de NTN-F foram emitidos R$ 14,25 bilhões, com vencimentos entre janeiro de 2023 e de 2027, mediante pagamento em dinheiro. Nos leilões de LFT, foram emitidos R$ 6,45 bilhões, com vencimento em setembro de 2022, também mediante pagamento em dinheiro.

O total de resgates de títulos da DPMFi foi de R$ 97,39 bilhões, com destaque para os títulos com remuneração prefixada, no valor de R$ 89,99 bilhões (92,41%). Os vencimentos efetivos do período totalizaram R$ 95,62 bilhões.

As emissões diretas de títulos da DPMFi totalizaram R$ 237,68 milhões e os cancelamentos, por sua vez, totalizaram R$ 0,05 milhão, o que resultou em emissão líquida de R$ 237,63 milhões.

 

Dívida Pública Federal Externa

Com relação ao estoque da DPFe, houve aumento de 2,97% sobre o estoque apurado em junho, encerrando o mês de julho em R$ 124,36 bilhões (US$ 38,40 bilhões), sendo R$ 114,28 bilhões (US$ 35,28 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 10,08 bilhões (US$ 3,11 bilhões), à dívida contratual. A variação ocorreu devido à emissão líquida ocorrida no período, de R$ 1,90 bilhão, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 1,69 bilhão.

No mês de julho, destaca-se o lançamento do bônus Global 2047, com volume financeiro de R$ 4.733,58 milhões. O total das emissões, considerando os ingressos da dívida contratual, foi de R$ 4.770,96 milhões.

Os resgates da DPFe, por sua vez, totalizaram R$ 2.866,71 milhões, sendo R$ 298,59 milhões referentes ao pagamento de principal e R$ 2.568,13 milhões, ao pagamento de juros, ágio e encargos.