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Comércio Varejista no Brasil: Todas as atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram forte retração anual em Julho de 2016

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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a comparação entre julho de 2016 e 2015, o total de vendas do comércio varejista recuou 5,3% com perfil disseminado de resultados negativos alcançando todas as oito atividades investigadas.

Os resultados, por ordem de importância na formação da taxa global, foram: Móveis e eletrodomésticos (-12,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-11,6%) dividem o principal impacto negativo no resultado de julho, seguidos por Combustíveis e lubrificantes (-9,9%) e Tecidos, vestuário e calçados (-14,2%).

Por outro lado, exercendo menores influências negativas na formação do resultado global do varejo, figuram Livros, jornais, revistas e papelaria (-18,6%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
(-12,9%); e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-3,2%).

O volume de vendas do setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%) ficou praticamente estável frente a julho de 2015 e não pressionou, este mês, o indicador global das vendas no varejo.

Clique aqui para saber mais detalhes sobre a Pesquisa Mensal do Comércio realizada em julho de 2016.

 

Variação anual no volume de vendas do comércio varejista por atividade

Com recuo de 12,4% no volume de vendas em relação a julho de 2015, a atividade de Móveis e eletrodomésticos exerceu o maior impacto negativo na formação da taxa global do varejo, acumulando nos primeiros sete meses do ano taxa de -14,4% e nos últimos 12 meses, de -15,8%. Por se tratar de uma atividade cujas vendas são associadas às condições de crédito, o comportamento deste setor vem sendo afetado pela elevação dos custos de financiamento.

O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com queda de 11,6% no confronto com julho de 2015, também exerceu a maior participação negativa no resultado geral do comércio varejista. Nos acumulados dos sete meses do ano e dos últimos 12 meses as taxas foram, respectivamente, -12,2% e -9,6%. Esse segmento contempla um mix diversificado de itens, muitos deles de reposição doméstica, tais como artigos do lar, cama, mesa e banho, isto é, um perfil de consumo que pode ser postergado.

O comércio de Combustíveis e lubrificantes, com variação de -9,9% no volume de vendas, em relação a julho de 2015, foi responsável pelo segundo maior impacto no resultado geral do varejo. Em termos de desempenho acumulado, as taxas de variação ficaram em -9,8% tanto para os sete primeiros meses do ano quanto para os últimos 12 meses. O menor ritmo da economia e os preços dos combustíveis evoluindo acima da inflação geral são alguns dos fatores que vêm influenciando o comportamento desse segmento.

O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que apresentou queda no volume de vendas de -14,2% com relação a igual mês do ano anterior, representou a terceira maior contribuição negativa à taxa global do varejo, mesmo com os preços do setor de vestuário crescendo abaixo da inflação geral. Em termos acumulados, os resultados foram de -11,6% para os sete primeiros meses do ano e de -11,8% para os últimos 12 meses.

O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com redução de 3,2%, exerceu a quarta contribuição para o resultado geral. Em termos de variação acumulada, as taxas foram de -0,3% no ano, mas a comparação nos últimos 12 meses ainda permanece no campo positivo (0,2%). A correção dos preços dos produtos farmacêuticos acima do índice geral de preços é o principal fator que explica o recente desempenho negativo do setor

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pela quinta contribuição negativa na formação da taxa global do comércio varejista, registrou variação de -12,9% no volume de vendas na relação julho de 2016 contra julho de 2015. Os resultados nas vendas em termos acumulados foram: -15,8% no acumulado do ano e de -14,6% nos últimos 12 meses, taxas estas bem abaixo da média do varejo.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com taxa de -18,6% no volume de vendas sobre julho de 2015, respondeu pela sexta contribuição no resultado global. Nos acumulados dos sete meses do ano e dos últimos 12 meses as taxas foram, respectivamente, -17,2% e -16,2%. Os preços dos produtos de papelaria, com crescimento acumulado em 12 meses acima do índice geral de preços explicam em parte a trajetória declinante desta atividade, além da restrição orçamentária das famílias e, no que tange a jornais e revistas, por certa substituição dos produtos impressos pelos de meio eletrônico.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de -0,1% em julho sobre igual mês do ano anterior, não pressionou o índice geral. Esta atividade vem tendo seu desempenho influenciado pela redução de massa salarial real habitual das pessoas ocupadas, além da influência do comportamento dos preços do grupo alimentação no domicílio que crescem bem acima do índice geral acumulado em 12 meses. Em termos de resultados acumulados, as taxas de variação foram: -2,9% para o acumulado nos sete primeiros meses do ano e de -3,1% para os últimos 12 meses.

Comércio Varejista Ampliado

Considerando o comércio varejista ampliado, que inclui além do varejo as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou em julho de 2016 queda de 10,2% no volume de vendas, comparado com o mesmo mês do ano anterior.

Este desempenho refletiu, sobretudo, o comportamento das vendas de Veículos, motos, partes e peças, que apresentou recuo de 20,0% sobre julho de 2015. As taxas acumuladas desta atividade foram de -14,7% em sete meses e de 17,7% nos últimos 12 meses.

Quanto ao segmento de Material de construção, as variações para o volume de vendas foram de -12,6% sobre julho de 2015, e taxas de -12,9% tanto para o acumulado em sete meses e nos últimos 12 meses. Em ambos segmentos, os resultados foram influenciados pelo menor ritmo da atividade econômica, menor oferta de crédito e pelo comprometimento da renda familiar.

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