Fundos captam R$ 21 bi em agosto; multimercados, renda fixa e Petrobras lideram ganhos

O fundos de investimentos fecharam agosto com uma captação líquida (aplicações menos depósitos) de R$ 21,149 bilhões, elevando o total no ano para R$ 71,841 bilhões. O saldo hoje investido em fundos locais é de R$ 3,273 trilhões, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). As captações seguem concentradas em renda fixa, com R$ 8,887 bilhões em agosto e 36,730 bilhões no ano, reflexo dos juros elevados no pais. Outro destaque em agosto e no ano são os fundos de previdência privada, com captação de R$ 3,040 bilhões no mês passado R$ 26,207 bilhões no acumulado do ano. Já os fundos de ações, apesar da alta no ano, captaram apenas R$ 9 milhões em agosto e perdem R$ 5,707 bilhões no ano.

Um destaque no mês foi a captação dos multimercados, de R$ 7,855 bilhões em agosto, elevando o acumulado no ano para R$ 9,823 bilhões. Segundo a Anbima, a captação dos fundos renda fixa se concentrou em uma carteira de grande empresa. Já os multimercados foram puxados por aplicações em dois fundos, um de varejo e outro de grandes empresas.

Multimercados e long/short lideram ganhos

Os multimercados também foram destaque de rentabilidade em agosto, com as carteiras macro, que buscam antecipar os movimentos dos principais mercados, e que fecharam o mês passado com um ganho médio de 1,46%. Os multimercados long/short, que fazem arbitragens entre ações de empresas de um mesmo setor ou entre moedas, também se destacaram com ganhos de 1,85% no caso dos neutros e de 1,62% nos direcionais, que buscam ampliar os movimentos dos mercados.

Renda fixa se destaca

Os fundos de renda fixa também se destacaram com as carteiras mais curtas, de duração baixa, e que aplicam em papéis do governo (grau de investimento), os antigos fundos DI, rendendo 1,23% em média, acima do referencial dos juros do mercado, o CDI, que subiu 1,21% no mês. Fundos que aplicam em papéis de maior prazo, ou duração alta, renderam menos, 1,01%, pelo impacto da queda dos juros, que reduz o valor dos papéis antigos, mas acumulam no ano 12,37%, bem acima do CDI do período, de 9,21%.

Ainda melhor que a poupança

Os rendimentos são brutos, mas mesmo descontando o imposto de renda os fundos de baixa duração, os DI, ainda ganhariam da caderneta de poupança, de 0,7558% em agosto. O rendimento de 1,23% bruto representaria 0,95% líquidos pela alíquota máxima, de 22,5%, para aplicações até seis meses. O ganho de cada fundo depende, porém, da taxa de administração cobrada pelos bancos em cada carteira.

Ações ativos vão bem e FGTS Petrobras ganha 5%

Já os fundos de ações ativos, que buscam superar os índices da bolsa, fecharam agosto com ganho de 1,10%, superando o Ibovespa, que subiu 1,03%. Os fundos de papéis de dividendos, por sua vez, renderam 0,58% no mês e os de pequenas empresas (small caps) perderam 0,04% em agosto.

Os fundos de ações FGTS da Petrobras acumularam alta média de 5,08% em agosto e de 70,33% no ano. Já os fundos FGTS da Vale perderam 8,55% no mês, mas acumulam alta de 28,65% no ano.

Abaixo, os desempenhos dos principais fundos do mercado.

Fonte: Anbima.