O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou esta terça-feira em queda de 3,01%, cotado a 56.820,77 pontos. Esse é o menor valor de fechamento desde o dia dois de agosto, quando o indicador havia fechado a 56.162,38 pontos. A queda de hoje foi puxada por ações de empresas de commodities e acompanhando o cenário externo desfavorável.

 

Ibovespa Hoje

O Ibovespa fechou em baixa de 3,01% nesta terça-feira, 13 de setembro de 2016, cotado em 56.820,77 pontos. As ações da Gerdau lideraram a queda entre as que fazem parte do Ibovespa, recuando 8,76% nas preferenciais e 8,43% nas ordinárias. Usiminas caiu 7,71%; Petrobras recuou 7,61% nas ordinárias, enquanto CSN teve queda de 7,39%.

 

Ibovespa em Setembro

Em setembro, após oito pregões, o principal índice de ações brasileiro acumulou uma desvalorização de 1,86%. Ao longo do mês, foi realizado cinco pregões de alta contra tr6es de baixa. No pregão do dia 31 de agosto, o indicador encerrou o oitavo mês do ano cotado em 57.901,11 pontos.

 

Ibovespa em 2016

Em 2016, após cento e setenta e cinco pregões, o Ibovespa acumula uma valorização de 31,07%. No último pregão de 2015, o principal índice acionário do país fechou cotado em 43.349,96 pontos. São noventa e três pregões de alta, contra oitenta de baixa e dois sem nenhuma variação no preço de fechamento ao longo do ano.

 

Cenário Externo

No cenário externo, o clima era de pessimismo. O mercado foi influenciado pela queda do preço do petróleo. Um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) com previsões pessimistas sobre o crescimento da procura por petróleo derrubou os preços do barril.

Investidores também procuravam investimentos mais seguros, antes da próxima reunião do Fed (Federal Reserve), banco central norte-americano. A expectativa é de que o BC dos EUA não suba a taxa de juros na semana que vem.

Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em países onde os rendimentos são maiores, como no Brasil.

Mas para evitar surpresas, investidores compravam dólar (considerado um investimento de baixo risco), fazendo com que o preço da moeda subisse.

Além disso, investidores estavam atentos a notícias sobre a saúde da candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton.

As principais Bolsas de Valores da Europa fecharam em queda:

  • Itália: -1,74%
  • Portugal: -1,62%
  • Espanha: -1,61%
  • França: -1,19%
  • Inglaterra: -0,53%
  • Alemanha: -0,43%

 

As Bolsas de Valores da Ásia e do Pacífico fecharam sem uma direção comum:

  • Coreia do Sul: +0,40%
  • Japão: +0,34%
  • China: +0,06%
  • Taiwan: -0,07%
  • Austrália: -0,23%
  • Hong Kong: -0,32%
  • Cingapura: -1,91%

 

Cenário Interno

No Brasil, o mercado de ações repercutiu a cassação do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha na noite de segunda-feira.

Investidores monitoravam notícias sobre uma possível delação do ex-parlamentar e suas consequências para o governo de Michel Temer.

Em entrevista após a cassação, na segunda-feira, Eduardo Cunha negou que vá fazer delação premiada, mas culpou o governo pela perda de seu mandato.

Ainda no cenário nacional, o anúncio do plano de privatizações pelo governo no final da manhã foi aguardado, mas não chegou a influenciar os mercados.

 

Petrobras

As ações ordinárias da Petrobras (PETR3), com direito a voto em assembleia geral da empresa, caíram 7,61%, negociadas a R$ 14,81. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, tiveram baixa de 6,74%, cotadas a R$ 13,01. Elas foram influenciadas pela queda do preço do petróleo.

 

Vale

As ações ordinárias da Vale (VALE3) se desvalorizaram 6,98%, fechado cotadas a R$ 16,27. As ações preferenciais da Vale (VALE5) perderam 6,94%, cotadas a R$ 13,82.