Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) reduziram a projeção de inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano, de 7,34% para 7,25%. Essa foi a segunda redução seguida na pesquisa feita pelo BC junto ao mercado financeiro todas as semanas. Para 2017, a projeção também caiu: de 5,12% para 5%. Os números saem no Boletim Focus, divulgado às segundas-feiras.

A queda nas expectativas para o IPCA pode levar o Banco Central (BC), que divulga amanhã seu relatório trimestral de inflação, a antecipar a queda nos juros para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de outubro, e não no fim de novembro como espera a maioria do mercado. No Focus, não há projeção para queda até outubro.

Forte revisão no curto prazo

Mas o mercado reviu para baixo também as estimativas para a inflação nos próximos 12 meses. A estimativa até setembro do ano que vem caiu de 5,20% para 5,16%. O número reflete especialmente a melhora da expectativa de inflação no curto prazo. As projeções para o IPCA de setembro caíram bastante em uma semana, de 0,34% para 0,26%, e para outubro, de 0,42% para 0,40%.

As estimativas estão acima da meta de inflação de 4,5% neste ano e em 2017. O cálculo para este ano ultrapassa também o teto da meta que tem que ser perseguida pelo BC que é 6,5%. Para o próximo ano, o teto da meta é 6%.

Já para o dólar, a projeção do mercado caiu um pouco, de R$ 3,30 para R$ 3,29 no fim deste ano. Para o ano que vem, a taxa foi mantida em R$ 3,45.

Controle inflacionário e juros

Desde julho de 2015, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, no maior nível desde outubro de 2006. As instituições financeiras mantiveram a projeção para a Selic em 13,75%, ao final deste ano, e em 11%, no fim de 2017.

Projeção do PIB melhora para este ano e piora para 2017

A projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, este ano, passou de 3,15% para 3,14%, este ano. Para 2017, a expectativa de crescimento foi ajustada de 1,36% para 1,30%.

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