O volume de recursos aplicados no varejo cresceu 3% no primeiro semestre, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Já o número de clientes recuou 10%, para 65 milhões no ano, em boa parte por conta da saída de investidores da poupança. Sem as cadernetas o saldo cresceria 8% e o número de clientes subiria 1%.
Apesar disso, a caderneta segue liderando em número de investidores no varejo, com 54,981 milhões investidores em junho, quase 8 milhões a menos que em dezembro, quando havia 62,180 milhões de aplicadores. Já os investidores de fundos de varejo subiram de 4.480 milhões para 4,565 milhões no semestre e, em títulos e valores mobiliários, que incluem o Tesouro Direto e ações, o total de varejo passou de 4.968 milhões para 4,975 milhões.
A manutenção dos juros altos e a recuperação da bolsa incentivaram aplicações em Tesouro Direto, que cresceram 33,2%, em ações, com aumento de 19,7% e dos fundos de renda fixa, 10,2%. O início da definição do cenário político e de recuperação da confiança abrem espaço para a manutenção do crescimento desses ativos, diz a Anbima.
Segundo a associação, ações, Tesouro Direto e CDB apresentaram resultados superiores no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Já a falta de operações de crédito imobiliário e do agronegócio travaram a oferta de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA), papéis isentos que lideraram a preferência do varejo nos últimos anos pelo retorno elevado com baixo risco e sem impostos. Também a caderneta perdeu espaço nas carteiras de varejo, constata a Anbima, pela baixa rentabilidade em relação aos demais investimentos disponíveis.