Acima dos níveis de preços vistos em 2007, a BM&FBovespa já bateu recorde de rentabilidade este ano. Na avaliação do UBS, a bolsa local deverá lucrar ainda mais nos próximos anos. Mas, em comparação com seus pares de países emergentes, a bolsa brasileira tem pouco potencial de ganho, o que levou o banco suíço a manter a recomendação de venda do papel, apesar de ter elevado o preço-alvo da ação.

Em relatório, com tom otimista, o banco suíço aponta estimativa de crescimento nos lucros da bolsa, apesar de o crescimento dos volumes negociados em ações nos próximos anos não ser tão expressivo, alcançando R$ 10 bilhões até 2018, ante os atuais R$ 7 bilhões. Por isso, a casa revisou seu preço-alvo para os papéis da Bovespa de R$ 15 para R$ 16,50, impulsionados por volumes maiores e menor custo de capital próprio.

O UBS espera que o Ibovespa bata 60 mil pontos até o final deste ano e 69 mil pontos até dezembro de 2017. Com isso, o volume médio diário subiria gradualmente, de R$ 7,3 bilhões este ano para R$ 8,7 bilhões em 2017. A média de negócios com derivativos seria de 3,1 milhões de negócios em 2016 e 3,4 milhões em 2017. Com isso, haveria um aumento de 7% no lucro por ação da bolsa. O UBS estima que cada R$ 1 bilhão em aumento de volume negociado amplia o lucro da bolsa por ação em 4%.

Segundo o texto, com base em conversas com investidores, a instituição suíça acredita que os mercados estão exagerando nas estimativas de crescimento dos volumes da bolsa. Os analistas Frederic De Mariz, Mariana Taddeo e Philip Finch veem com bons olhos os recentes aumentos de geração de caixa da Bovespa e sua fusão estratégica com a integradora do mercado financeiro Cetip, mas estimam um crescimento dos lucros modesto e baixo potencial de ganho para a ação.

Veja o número de empresas listadas na bolsa de valores brasileira desde os anos 2000:

Confira o valor de mercado das empresas listadas/Produto Interno Bruto (PIB):

Fonte: UBS